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Manaus recebe 70 mil metros cúbicos de oxigênio vindos de Belém

Com aumento recorde de internações por Covid-19, a rede hospitalar entrou em colapso em Manaus: unidades ficaram superlotadas e, sem oxigênio, pacientes morreram asfixiados. A demanda diária por oxigênio chegou a ser quase três vezes maior do que os fornecedores locais conseguiam produzir. Na quinta-feira (14), o déficit diário era de cerca de 48 mil metros cúbicos. O governo ainda não informou qual é a situação do consumo neste sábado.

Até esta sexta-feira (15), em todo o estado, mais de 6 mil pessoas morreram por complicações da Covid-19. Manaus voltou a bater o recorde diário de enterros, e registrou 213 sepultamentos apenas nesta sexta.

Conforme o governo, o oxigênio que chegou em balsas neste sábado foi adquirido pela fornecedora White Martins e já começou a ser distribuído nos hospitais.

Uma força-tarefa foi montada pelos governos estadual e federal, além de diversos outros órgãos e doadores, para enviar oxigênio para a cidade ao longo da semana. Aviões das Forças Armadas enviaram 5 mil metros cúbicos para hospitais de Manaus nesta semana, segundo nota do Ministério da Saúde. A capital também recebeu cargas de oxigênio e doações de diversos estados e artistas, como Gusttavo Lima.

“Hoje nós temos um aumento significativo, extraordinário. Em menos de 15 dias, passamos de 15 mil m³ para 75 mil m³, superando a capacidade que o fornecedor tinha de produzir oxigênio”, disse o governador Wilson Lima, nesta sexta.

Fila por oxigênio

Uma fila enorme de familiares de doentes que precisam de oxigênio se formou nesta sexta-feira (15), em frente à White Martins em Manaus. A empresa é a principal fornecedora do produto na cidade.

Hospitais da capital amazonense não têm o gás, o que fez com que as pessoas tentassem, por conta própria, encher cilindros de oxigênio para ajudar parentes internados.

Muitas pessoas também buscam o produto por terem familiares, em casa, com outras doenças que dificultam a respiração.

Recém-nascidos internados correm risco

O Ministério da Saúde informou, nesta sexta (15), que adquiriu cilindros de oxigênio que devem durar 48h para manter 61 bebês prematuros em leitos de UTIs em Manaus. Estados já haviam sinalizado oferta de leitos para receber bebês e grávidas que possam ficar sem oxigênio na capital.

De acordo com o Ministério da Saúde, a medida atende a uma solicitação do Governo do Amazonas para recém-nascidos que estavam no limite de oxigênio. A pasta informou, ainda, que busca mais balas de oxigênio para que os prematuros não precisem ser transferidos para outros estados.

O Governo Federal informou que irá prestar apoio em todo o processo logístico de remoção. Nesta quinta, a Justiça determinou que a União também realiza, imediatamente, a transferência de pacientes que podem morrer pela falta de oxigênio.

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