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Falando a Verdade em Amor

“A verdade sem o amor é brutal, e o amor sem a verdade é hipocrisia.”

Estas palavras de Warren Wiersbe são profundas e perpetuamente relevantes.

Pense sobre isso por um momento.

Se eu me dirigir a você com base apenas na verdade, então nossa relação se tornará cada vez mais difícil—até mesmo brutal. Toda a informação que você receberá de mim será confiável pois será uma informação precisa, mas talvez não seja proveitosa porque ela será entregue sem nenhuma preocupação de como isso pode te afetar.

Imagine que sua melhor amiga se dirigisse a você com base apenas na verdade. Ela seria muito eficiente ao avaliar quais as suas forças e fraquezas, mas suas avaliações, provavelmente não irão te ajudar. Por quê? Porque ela não se importará na maneira como essas palavras sinceras te afetarão. Ela estará satisfeita em simplesmente lançá-las como granadas e, se elas te machucarem, bem, isso é problema seu!

A verdade sem o amor é brutal. E muitas vezes até inútil, pois é difícil recebê-la dessa maneira.

Mas o amor sem a verdade também não presta. Imagine se seu melhor amigo decidisse que deveria se dirigir a você com base apenas no amor. Ele provavelmente faria você se sentir bem consigo mesmo pois estaria sempre concordando contigo e te encorajando. Ele negligenciaria suas falhas e defeitos porque não gostaria de ferir os seus sentimentos. Deixaria de dizer muitas verdades por não querer fazer você se sentir magoado. Você provavelmente gostaria de estar na companhia desse amigo, mas ele não te ajudará muito a crescer e se desenvolver. Por quê? Porque a verdade é tão insignificante para ele que deixaria você pensar e agir erroneamente. Ele sabe que a verdade pode te ferir, então ele não diria nem faria nada que muitas vezes deveria ser dito e feito para o seu próprio bem. Ele seria motivado pelo amor, mas às custas da verdade.

O amor sem a verdade é hipocrisia. E ele muitas vezes pode não ser útil, pois não te dirá o que algumas vezes você precisa ouvir.

Muitos de nós tendemos a um ou outro desses tipos de extremos. Algumas pessoas são muito amáveis. Suas palavras são muito positivas, afirmativas e encorajadoras, mas muitas vezes não tão intimas e verdadeiras como deveriam ser.

Outras pessoas não parecem ter problemas para falar a verdade, mas elas fazem isso de maneira indelicada. É como se elas não se importassem em como você recebe a verdade;  só se preocupam em dizê-la. Eles entendem que jogar ‘granadas da verdade’ na cara dos outros é edificante, mesmo se isso resultar em muita destruição.

Os filhos de Deus não podem se satisfazer em ser meramente amáveis ou verdadeiros. Devemos buscar crescer mais e mais como Jesus Cristo para sermos mais amorosos e sinceros.

Várias vezes, a Escritura nos convoca a manter essas duas virtudes intimamente conectadas no nosso dia-a-dia. Em Esios 4, Paulo nos mostra a importância disso para a nossa maturidade espiritual. E ainda descreve o oposto como ser crianças que são “jogadas para lá e para cá pelas ondas e carregadas por todo vento de doutrina, por astúcia humana, por espertezas e esquemas enganosos.” (14). Imediatamente depois de caracterizar a imaturidade espiritual dessa forma, ele escreve, “Antes, falando a verdade em amor, cresçamos de todas as formas Nele que é a cabeça, Cristo” (15).

Perceba: “Falando a verdade em amor” é contrastado com a imaturidade espiritual. Em outras palavras, ser amável sem ser verdadeiro e ser verdadeiro sem ser amável são evidências da infantilidade espiritual.

Cristãos devem crescer em semelhança a Cristo. Este é o bom caminho no qual Deus trabalha todas as coisas em nossas vidas (Romanos 8:28-29). Seria útil para nós considerarmos, então, como é Jesus Cristo, especialmente no modo como Ele mostra as virtudes da verdade e do amor.

Em resumo, o que o Novo Testamento nos ensina a respeito disso é: Jesus é ao mesmo tempo, a personificação da verdade e do amor. Ele afirmou abertamente— “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 15:13). Deus é amor. Sendo o homem-Deus, Jesus era o próprio amor.

Podemos testemunhar a forma que ele interage com as pessoas com amor e verdade. Seu encontro com a mulher Samaritana no poço exemplifica isso. O mero fato de que Ele falou com ela, apesar dos limites culturais e sociais, demonstrou um amor incomum. No entanto, Ele também lidou de forma sincera com as relações adúlteras dela. Ele não deixou com que ela fingisse ser uma mulher solteira. Pelo contrário, com amor e sinceridade, Ele ajudou a mulher adúltera a reconhecer sua necessidade por uma vida nova e pelo perdão que só podem ser achados Nele (João 4:1-30).

O segredo para crescer em verdade e amor é crescer em Cristo. É conhecê-lo mais de perto. Confiar Nele mais facilmente. E amá-lo mais profundamente. Assim como o Espírito nos ensina em Sua Palavra, é necessário crescer em sua graça e conhecimento ao ter nossas mentes renovadas diariamente (2 Pedro 3:18; Romanos 12:2; 1 João 2:27).

Uma boa maneira de mensurar seu crescimento em Cristo é analisar como a verdade e a graça são colocadas em prática na sua vida. Pergunte a um amigo, insistindo que você deseja ouvir uma resposta honesta e sincera.

Esta é a realidade dupla que precisamos ter em mente enquanto nos esforçamos para crescer na verdade e no amor:

1) Você não pode honrar a verdade sem antes ser amável. Em 1Coríntios 13:2 Paulo escreve, “Se eu… entender todos os mistérios e todo o conhecimento [isto é, a verdade]… mas não ter amor, eu não sou nada.” Está é a verdade mais devastadora. Se você está satisfeito em estar cheio de razão mas lhe falta amor, presta atenção: a Palavra de Deus (da qual você imagina estar tão cheio e pensa que honra) afirma que você não é nada.

2) Da mesma maneira, é absolutamente impossível amar sem honrar a verdade. Por quê? Porque o amor genuíno “se alegra na verdade” (1Coríntios 13:6) e busca o bem-estar daquele que é amado. As pessoas só podem ser ajudadas se conhecerem a verdade. Se você supõe que está sendo amável enquanto minimiza a verdade, você está pecando contra o amor.

Como flores de Cristo, nós nunca devemos estar satisfeitos em sermos meramente amáveis ou sinceros. Pelo contrário, nós devemos manter sempre em mente as advertências de João: “Filhinhos, não nos amemos nem de palavra nem de boca, mas em ato e em verdade” (1João 3:18).


Tradução graciosamente feita por Jonas de Souza Santos ( jonasg12souza@gmail.com ). Seja um tradutor voluntário.
Fonte: founders.org

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