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evangélicos se articulam para impedir


A postura de Davi Alcolumbre (DEM-AP) durante o processo de indicação do ministro “terrivelmente evangélico” André Mendonça ao STF pode ter complicado sua situação nas urnas em 2022. Lideranças evangélicas trabalham para impedir a reeleição do senador.

Ao longo de mais de quatro meses, Alcolumbre ignorou apelos de lideranças evangélicas e colegas de Senado, e protelou o quanto pode a sabatina do segundo indicado pelo presidente Bolsonaro ao STF. Por conta disso, atraiu para si questionamentos sobre um eventual preconceito contra evangélicos.

Agora, com Mendonça já empossado no STF, lideranças evangélicas no Amapá começam a costurar uma candidatura que possa impedir a reeleição de Alcolumbre. O eleitorado local é majoritariamente jovem, e estima-se que 40% dos 887 mil habitantes do Amapá sejam evangélicos.

Os três principais nomes para concorrerem com Alcolumbre são os pastores Jorielson Brito Nascimento (PL-AP), da Assembleia de Deus, e Guaracy Júnior (PTB-AP), da Igreja do Evangelho Quadrangular, e a também pastora e ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), deputado federal e afilhado político do pastor Silas Malafaia, trabalha a costura de um apoio a Jorielson, que é suplente de deputado federal e assumiu o mandato na Câmara com a licença, por 121 dias, de Vinícius Gurgel (PL-AP).

“Estamos trabalhando o nome de Jorielson para viabilizar a possibilidade da candidatura. Dependemos de uma sinalização do Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e vamos trabalhar com as lideranças locais no Estado. Teremos com certeza um candidato em oposição ao Alcolumbre”, contextualizou Sóstenes.

“Com a força que temos, queremos preencher a vaga, que hoje não nos representa. Pelo contrário, nos ignora”, comentou Jorielson.

O outro pastor na disputa, Guaracy Júnior, vem dizendo que já garantiu o apoio das maiores igrejas do país para ser o nome na disputa contra Alcolumbre, porém afirma que será necessário consenso entre ele e os demais postulantes, para que o atual senador não leve vantagem com a divisão entre evangélicos:

“Alcolumbre é o maior interessado em várias candidaturas. É a única forma que lhe possibilitaria ganhar”, diz Guaracy.

O fator Damares

A ministra Damares Alves, convidada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser candidata a senadora por São Paulo, disse estar orando a respeito do convite e acrescentou que ama o Amapá por ter desenvolvido projetos junto aos indígenas do estado.

Mesmo antes dessa decisão ser tomada, as avaliações são que a reeleição do atual senador está realmente ameaçada: “Do ponto de vista eleitoral, a situação do Alcolumbre se complicou. Além do derretimento que ele já vinha experimentando, 40% da população evangélica é um peso político bastante significativo. A segunda questão é que há outras figuras crescendo e indicam disputar a eleição para o Senado, em especial no campo da direita”, avaliou o cientista político Ivan Silva, da Universidade Federal do Amapá.

De acordo com a revista Veja, Davi Alcolumbre foi deputado federal durante três mandatos, de 2003 a 2015, quando assumiu a cadeira no Senado. Em 2019, assumiu a presidência da Casa, ainda em seu primeiro mandato como senador, mas já em 2020 sofreu um importante revés quando não conseguiu eleger o irmão Josiel à prefeitura de Macapá.





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