sexta-feira, maio 10Notícias Importantes
Shadow

Esqueletos e objetos de culto à morte de 3,5 mil anos são achados no Chipre

Tumbas escondiam 52 esqueletos e diversos artefatos trazidos de locais como a Grécia, a Turquia e o Egito.

Uma série de objetos que eram usados em cultos à morte há 3,5 mil anos foram encontrados em escavações no Chipre conduzidas por arqueólogos da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.

Os pesquisadores da chamada Expedição Söderberg acharam os artefatos em Hala Sultan Tekke, a oeste da cidade de Lárnaca. Abandonado por volta de 1150 a.C., o terreno despertou a curiosidade dos suecos em 2017, quando análises indicaram a existência de cavidades abaixo do solo. Foi assim que passagens para câmaras funerárias foram descobertas no local. A expedição conseguiu recuperar vasos gregos de 1350 a.C. com pinturas detalhadas de cavalos e pessoas segurando espadas, um raro escaravelho egípcio de 1350 a.C. e sinetes da Babilônia de 1800 a.C., aproximadamente. Em um comunicado, Peter Fischer, professor de arqueologia da Universidade de Gotemburgo, explicou: “Muitos dos [achados] foram trazidos de áreas que correspondem à Grécia, a Creta, à Turquia, à Síria, ao Líbano, a Israel, à Palestina e ao Egito atualmente”.

Além disso, 52 esqueletos foram encontrados no local. Análises químicas da terra em torno deles demonstraram que os moradores da região foram afetados por parasitas e a mortalidade de crianças e adolescentes era muito alta. Estima-se que um dos indivíduos mais velhos do lugar tinha 40 anos.

Vasos encontrados pelos arqueólogos da Universidade de Gotemburgo (Foto: Peter Fischer / Universidade de Gotemburgo)
Vasos encontrados pelos arqueólogos da Universidade de Gotemburgo (Foto: Peter Fischer / Universidade de Gotemburgo)
Vaso decorado da Grécia foi um dos artefatos encontrados pelos arqueólogos da Universidade de Gotemburgo (Foto: Teresa Bürge / Universidade de Gotemburgo)
Vaso decorado da Grécia foi um dos artefatos encontrados pelos arqueólogos da Universidade de Gotemburgo (Foto: Teresa Bürge / Universidade de Gotemburgo)

Pesquisadores acreditam que os restos mortais pertencem a 10 gerações de uma família muito rica, e suspeitam que as estruturas de sepultamento exploradas na expedição não eram tumbas comuns – seus vários artefatos sugerem que o lugar era onde a população local se reunia para realizar rituais sagrados ligados à morte.

As descobertas voltam a estabelecer a cidade no Chipre como um antigo ponto de comércio no Mar Mediterrâneo. “A localização protegida do porto contribuiu para que Hala Sultan Tekke se tornasse uma metrópole comercial por 500 anos, com contatos de longa distância, como mostram estes achados tão ricos”, explicou Fischer. “A guerra e as mudanças climáticas, em combinação com a elevação da terra, levaram à queda da cidade.” Fonte:https://revistagalileu.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?