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Espanha desaloja herdeiros de Franco de palácio ocupado ilegalmente pelo ditador há quase 70 anos

MADRI — O Estado espanhol assumiu nesta quinta-feira o palácio de verão do falecido general Francisco Franco (1892-1975), incluindo sua vasta coleção de obras de arte, desalojando seus herdeiros, como parte dos esforços do governo de esquerda para recuperar bens que estavam em mãos da família do ditador. Franco governou a Espanha por quase quatro décadas, até sua morte em 1975.

Quando a procuradora-geral Consuelo Castro chegou ao Pazo de Meiras, situado na Galícia, na região Noroeste da Espanha, para realizar uma última inspeção e tomar posse do local formalmente, foi recebida por um grupo pequeno de manifestantes com um cartaz que dizia: “Façam com que devolvam o que foi roubado: franquismo nunca mais.”

A decisão vem na esteira da remoção dos restos mortais de Franco do Vale dos Caídos, um mausoléu perto de Madri no ano passado, e de outras iniciativas de retirada de símbolos da ditadura tomadas por vários governos de esquerda desde a morte de Franco.

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Construído entre 1893 e 1907 pela escritora Emilia Pardo-Bazán, o Pazo de Meiras foi avaliado em mais de US$ 5,93 milhões (quase R$ 30 milhões) pela família no ano passado. Franco tomou posse plena do palácio, comprado com doações públicas durante a Guerra Civil, em 1941, e o usou como sua residência de verão oficial.

Em setembro, um tribunal determinou que a transferência da posse para Franco foi ilegal, já que as doações não foram destinadas ao próprio general, mas ao chefe de Estado, e ordenou que os herdeiros liberassem as dependências. Um recurso dos herdeiros foi rejeitado.

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