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Entenda por que o ES decidiu adotar vacinas diferentes para uma mesma pessoa
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A mudança na condução da campanha de vacinação no Estado, que antes previa a manutenção do fabricante para aplicação das duas doses, é reflexo de uma nova conjuntura na oferta de imunizantes no país associada a estudos que indicam não haver prejuízo à segurança das pessoas, segundo afirma o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes.
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“A decisão pela vacinação heteróloga não é uma questão de opinião; a Sesa (Secretaria da Saúde) não mudou de opinião. As condições é que são outras neste momento”, frisa.
Nésio Fernandes observa que o Estado não tem autonomia e governança para compra e distribuição das vacinas – atribuição do governo federal – e, para implementar a vacinação com diferentes fabricantes em cada dose, dependia da disponibilidade do imunizante.
O país, lembra o secretário, passou por ciclos de instabilidade na entrega de remessas de vacina ao longo da pandemia e a adoção de esquemas heterólogos só se tornou viável a partir de agosto, com a ampla oferta de doses da Pfizer. Ele aponta, inclusive, que nos próximos três meses esse imunizante deve se tornar predominante entre as quatro opções utilizadas no país.
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O secretário cita que, se a estratégia tivesse sido adotada em junho, por exemplo, não haveria doses suficientes da Pfizer para aplicar a D2 em quem usou esse imunizante e a Astrazeneca na D1. Por isso, explica Nésio Fernandes, a estratégia como política pública depende de disponibilidade da vacina.
“Além disso, os estudos mais recentes sobre a aplicação do esquema indicam que ganhou maior consenso entre a comunidade científica internacional”, argumenta o secretário.
A previsão é que a medida possa ser ampliada a partir do próximo mês, com autorização do Ministério da Saúde, que já tem nota técnica autorizando a vacinação heteróloga em casos específicos, como as grávidas que receberam a Astrazeneca – atualmente contraindicada para esse público. Especialistas também apontam não haver risco a segurança.
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