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Em evento fora da agenda, Crivella pede que pastores e fiéis busquem votos na porta das igrejas – Jornal O Globo

RIO — Em um evento extraoficial com pastores e fiéis neste sábado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) pediu aos presentes que levassem as propostas de sua campanha à reeleição para outras igrejas evangélicas com o objetivo de expandir seus votos do segmento religioso no segundo turno da disputa pela prefeitura do Rio. No encontro, a proibição de realizar campanhas eleitorais dentro de templos religiosos foi ressaltada, e os fiéis foram orientados a conversar com possíveis eleitores apenas fora das igrejas, além de evitar o uso de material de campanha, como adesivos, durante o culto.

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O voto entre os evangélicos é importante para a campanha de Crivella. Pesquisa Ibope divulgada na última quinta-feira mostra que o prefeito vence seu adversário, Eduardo Paes (DEM), apenas neste segmento.

— Amanhã [domingo] é o dia de Deus, é o dia dos alentos. Amanhã eu imploro aos meus irmãos, se puder, pegar o material e ir nas outras igrejas. Depois que acabar o culto, e o irmão ou a irmã a gente conhece olhando, dizer humildemente o que eu estou falando a vocês. Não é por Crivella ser pastor, não é porque o Crivella é prefeito. São as nossas crianças — declarou o prefeito.

O apelo veio após um discurso em que repetiu acusações falsas de que pedofilia e sexualização infantil seriam praticadas nas escolas caso Eduardo Paes seja eleito. No discurso deste sábado, Crivella voltou a afirmar que a “ameaça” partia da aproximação do PSOL com o candidato. A sigla já acionou o prefeito na Justiça por declarações semelhantes.

O prefeito também demostrou, neste sábado, preocupação com o seu desempenho ruim em Santa Cruz. Em 2016, Crivella teve um bom resultado na Zona Oeste e, nos bairros de Cosmos, Paciência e Santa Cruz, chegou a ter a sua maior votação: 77,282% dos votos válidos. No primeiro turno da eleição deste ano, no entanto, Paes teve melhor votação nesta zona eleitoral.

— Nossos irmãos evangélicos de Santa Cruz, com mais votos evangélicos, não conseguem entender o que está acontecendo. Nossos irmãos correm o risco de entregar nossas crianças na mão do PSOL — disse o prefeito, enquanto pedia o diálogo com os evangélicos desta região.

Neste sábado, depois do encontro com pastores, Crivella seguiu para uma carreata partindo de Santa Cruz e passando por Guaratiba e Sepetiba. No evento, que contou com a participação de apoiadores, Crivella recebeu comentários negativos de alguns moradores.

Na caixa de som, a campanha fez ataques contra Paes, que foi chamado de ladrão, e focou em eleitores que no primeiro turno optaram pela abstenção, em uma tentativa de atrair novos votos. Em determinados momentos, foram feitas referências a ações de Crivella à frente da prefeitura: “Esse asfalto que você está passando, quem fez foi o prefeito!”, disseram no microfone.

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