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E Se Você Ficasse Sem Nada?

Se eu tirasse todas suas conquistas, qual seria seu conforto?

Se eu fizesse desaparecer seus certificados, suas viagens, aquelas compras que mais te causam orgulho, seu emprego, aonde você mora, etc. Se você precisasse começar a vida do ZERO – sabe qual seria seu conforto? Seu relacionamento com pessoas que amam você. Você recorreria aos seus familiares, e amigos mais próximos.

Sua identidade como “filho amado” ou “amigo amado” iria te sustentar. Sua identidade é fincada naquilo que você é, e não aquilo que você tem.

Querido cristão, um dos pilares fundamentais da fé cristã é a verdade acerca da sua identidade em Cristo. É uma realidade que muda tudo.

Como você responderia a essa pergunta: “Se eu tirasse toda sua experiência religiosa – todos seus rótulos, toda sua reputação de estudioso, servo, teólogo, reformado, toda a estrutura organizada da sua denominação, toda a tradição histórica da sua igreja, todos os argumentos que já venceu na internet – e deixasse você apenas com sua identidade de “filho amado de Deus”, isso bastaria?” Começar do zero – mas com Jesus! – seria o suficiente para agradar a Deus?

A gente sabe que a resposta é sim, mas no fundo, no fundo . . . nosso coração entra em crise. Não acreditamos que basta apenas SER filho amado – acreditamos que Deus só nos aceita ao longo prazo se acrescentamos algo de valor ao nosso cristianismo.

Entendemos que ser membro da denominação X, ser pastoreado por pastor Y, ser ativo no movimento Z torna nossa identidade mais completa.

Me entenda que não estou dizendo que igreja, doutrina ou obediência são inúteis. O próprio Jesus nos mostrou a importância dessas coisas. Entretanto – e aqui é o ponto chave – nossa obediência e crescimento surge como implicação de quem já SOMOS em Jesus Cristo. Nele, nossa identidade é de filho perdoado, abraçado, perdoado, e eternamente aceito. Agimos portanto por sermos, e não PARA sermos.

Cara, isso é fantástico.

O apóstolo Paulo pregava o Evangelho mesmo perseguido, pois tinha consciência de que nada nos separará do amor de Jesus Cristo. Paulo não servia para conquistar uma identidade; antes sua identidade estava segura, e isso motivava sua missão.

Acredito que muitos jovens (e velhos tbm) estão procurando um movimento, uma teologia sistemática, um pastor, uma denominação, um tipo de liturgia que lhes confere uma identidade. Ou procurem sua identidade em uma causa, status social, ou chamado.

E depois vivem inquietos pois qualquer coisa que abale aquela igreja, chamado, casamento, etc TAMBÉM vai abalar seu senso de identidade.

Sua identidade vai e vem, aumenta e diminui, com cada experiência nova.

Paulo não vivia com essa inquietação. Você poderia tirar TUDO dele, e mesmo aprisionado, nu, cego e abandonado, você ouviria essas palavras: “estou certo que nada me separará do amor…”.

Que Deus levante homens e mulheres que estão profundamente convictos de quem são em Jesus Cristo. E assim serão dispostos a serem inseridos em qualquer contexto – seja nas cidades mais ricas da Europa, ou as mais necessitadas da America do Sul – e ali VIVER aquilo que SÃO em Jesus Cristo: amados, alcançados pela graça, transformados pela misericórdia.

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