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Dudu Braga luta contra o câncer pela terceira vez: “Pego a fé do meu pai emprestada”

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Há duas semanas, o produtor musical Dudu Braga, de 51 anos, filho do ‘rei’ Roberto Carlos, de 79, foi pego se surpresa. É que, ao fazer os exames de rotina indicados pelo oncologista Fernando Maluf, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, depois de vencer duas batalhas contra o câncer de pâncreas ano passado, ele foi diagnosticado com três tumores pequenos no peritônio, membrana que envolve a parede abdominal.

“Meu primeiro câncer foi descoberto em março do ano passado e estava bem no comecinho. Operei e fiz quimioterapia preventiva depois da cirurgia. Fiquei uns meses bem e terminei o tratamento em setembro, quando tive outro nódulo na mesma região”, diz ele, que nasceu com glaucoma congênito e fez sete cirurgias nos três primeiros anos de vida. Dudu tinha a visão normal até os 22, quando teve, então, descolamento de retina e perdeu completamente a visão [na verdade, ele tem 5% de visão no olho esquerdo].

“Como tive um câncer primário de pâncreas, os médicos não deixam nada para depois, porque é um tipo de tumor meio agressivo. Fiquei superbem [depois do nódulo descoberto em setembro de 2019] e, no início deste mês, fui fazer o exame de imagem de rotina, porque não tenho dor, e foram detectados três pontinhos milimétricos no peritônio”, diz.

Dudu Braga e Roberto Carlos (Foto: Manuela Scarpa/Brazil News)
Dudu Braga e Roberto Carlos (Foto: Manuela Scarpa/Brazil News)
 

ROTINA PÓS-CÂNCER

Dudu explica que os exames fazem parte do protocolo médico após o diagnóstico de câncer. “Quando você tem um câncer, tem que esperar cinco anos para ver se está curado. Então, todo mês faço exames de sangue e a cada três faço um de imagem. Isso é absolutamente normal e estou acostumado”, explica ele, que após ser diagnosticado com os três tumores no peritônio, iniciou o tratamento quimioterápico no dia 15 de setembro.

“Não dá para ficar parado. Decidiram fazer a quimioterapia. Até o momento, fiz duas sessões e vou precisar fazer mais quatro. Faço duas semanas e descanso uma”, conta, admitindo que se assustou ao saber que teria de travar mais uma batalha contra a doença. “Na verdade, quando o câncer aparece, não tem uma segunda chance. Para mim é vida que segue. Claro que você toma um baque, você não espera, o melhor seria não ter aparecido. Mas da forma que apareceu, bem no princípio, é ótimo. Não tem como não acusar o golpe. Mas vamos embora, é isso que sei que tenho que fazer e é isso que vai ser feito. Se o cabelo cair, caiu”, afirma, referindo-se a um dos efeitos colaterais esperados durante a quimioterapia.

Dudu Braga e a mulher, Valeska (Foto: Reprodução/Instagram)
Dudu Braga e a mulher, Valeska (Foto: Reprodução/Instagram)
 

POSITIVIDADE E FÉ

Para encarar o tratamento, Dudu conta com a fé e o amor da família [ele é casado há 17 anos com Valeska, com quem tem a pequena Laura, de quatro anos]. “Sou muito positivista. Não tenho a fé do meu pai, até gostaria de ter, porque impulsiona demais. Então pego a fé dele emprestada para mim [risos]. Brinco com ele: ‘pai, vou pegar um pouco da sua fé emprestada’. Mas acredito em todas as crenças. Acredito em milagres? Acredito! A forma como a gente vê os nossos problemas afeta demais as nossas vidas. A fé não precisa ser explicada, só precisa ser sentida. Não precisa provar, eu simplesmente tenho fé”, opina.

Dudu diz que o apoio da mulher tem sido fundamental durante o tratamento. “A família é essencial nesse tipo de situação. Quando o calo aperta é para ela que a gente corre. E a Valeska é superforte. Já a Laurinha não tem a mínima ideia do que está acontecendo [risos]. Criança tem uma relação com a esperança muito bonita, tem essa inocência”, elogia ele, que é grudado com a caçula [ele também é pai de Giovanna, de 22 anos, e Gianpietro, de 17, do casamento anterior].

“Minha pequenininha precisa de mim, vai fazer cinco aninhos no mês que vem. E é aquela tal história: você não tem medo por você, você tem medo por eles. Um dia todo mundo vai. Uns vão antes, outros depois. Mas penso principalmente na minha pequeninhinha: ‘poxa vida, acho melhor ficar por ela’”, diz.

Dudu Braga e a filha caçula, Laura (Foto: Reprodução/Instagram)
Dudu Braga e a filha caçula, Laura (Foto: Reprodução/Instagram)
 

AMOR

A relação de amor entre Dudu e Laurinha fica escancarada nas redes sociais, onde ele posta vários momentos com a menininha. “Ela entende que não enxergo, que estou dodói. Para ela é normal eu não enxergar. Ela cuida de mim e dá bronca [risos]. Ela não sente que sou deficiente, sente que sou cego. Quanto ao câncer, procuro deixar a coisa bem levinha. Ela brinca de enfermeira comigo, vira minha doutora [risos]. Outro dia estava querendo enfiar o canudo no meu umbigo. Isso faz com que você não fique triste, é maravilhoso. Ela é uma criança muito feliz e ativa.”, derrete-se.

Dudu lamenta, contudo, não ter o contato que gostaria com os filhos mais velhos. “Não vejo muito meus outros filhos porque tive uma relação muito complexa de separação. E pretendo resgatar essa relação. A Laurinha sabe que tem os irmãos, mas não tem relação com eles por conta de brigas familiares. A Giovanna se formou em relações exteriores e o Gianpietro está indo para o terceiro colegial”, conta.

Dudu Braga e a filha caçula, Laura (Foto: Reprodução/Instagram)
Dudu Braga e a filha caçula, Laura (Foto: Reprodução/Instagram)
 

SEM PARAR

Durante a pandemia, Dudu continuou trabalhando. “Tenho meu programa de rádio para 40 emissoras, ‘As canções que você fez para mim’. Tenho feito normalmente, gravo em casa e envio para as rádios. Também tenho a banda ‘RC na Veia’ e estávamos voltando a cantar. Até fizemos duas lives. Mas tivemos que dar uma parada porque tenho que ficar isolado. Com o tratamento quimioterápico não posso me descuidar. E continuo com as minhas palestras. Faço um trabalho de inclusão da pessoa com deficiência, o ‘É preciso saber viver’, para empresas e para o governo”, explica.

Para amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia, Dudu toma medicações. “Mas quando o efeito do remédio acaba, a bateria dá uma arriada. Mas não estou tendo enjoo. A gente fica meio zoadinho, mas estou bem. A quimioterapia que eu fiz ano passado não caiu o cabelo, mas dessa vez pode cair”, esclarece ele, que tem recebido o carinho diário do pai. “Falo com ele todo dia via telefone. A gente é amante à moda antiga, se fala pelo telefonão [risos]. Ele ficou muito preocupado e abalado, mas é um cara de fé e está superpositivo. Sentiu o golpe, mas falou: ‘vamos embora’”.

Dudu Braga mora com Valeska e Laura em São Paulo (Foto: Reprodução/Instagram)
Dudu Braga mora com Valeska e Laura em São Paulo (Foto: Reprodução/Instagram)
 

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