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‘Desafeto de Bolsonaro’, Globo faturou R$ 7 bilhões em verbas nos governos Lula e Dilma

No ano de 2015, o jornalista Fernando Rodrigues, hoje diretor de redação do portal Poder360, acionou a Lei de Acesso à Informação para saber da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) o quanto a TV Globo havia recebido de verba publicitária federal na era PT.

Rodrigues avaliou que a emissora carioca havia faturado dos oito anos da Presidência de Lula (2013-2010) e dos quatro do primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011-2014) cerca de R$ 6.241 bilhões por espaços em seus intervalos. Quando a conta é aplicando na média do período nos dois anos do segundo mandato de Dilma, até seu afastamento e consequente impeachment, o total chega a R$ 7 bilhões destinados exclusivamente à Globo no período em que o PT comandou o Brasil.

Corte de publicidade e ascensão de Bolsonaro

Porém, com o começo do governo Jair Bolsonaro, a Rede Globo teve uma drástica redução de verbas governamentais para publicidade. Como a emissora carioca estava acostumada a ter entre 4% e 5% de seu faturamento advindos do governo, agora TV Globo vive um cenário completamente diferente e mais “duro” no momento.

Desde a ascensão de Bolsonaro, o que antes o governo destinava cerca de 39% de toda verba publicitária federal só para a Globo, ficou reduzido em apenas 16%. Esse tombo significa uma perda de 60% do total a emissora recebia do governo.

Vale destacar que esse corte faz parte de uma promessa de campanha de Bolsonaro.

No total, o mercado publicitário estima que a Globo arrecadará R$ 400 milhões a menos com publicidade governamental até o fim deste ano.

Ao Uol, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, disse que não existe perseguição à emissora e que a decisão de onde e quanto investir é puramente mercadológica.

“Acho que isso é lei da oferta e demanda. Os ministérios são autônomos, podem investir onde quiser. Muitos deles têm um investimento em algum tema específico, o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] mais na área do meio ambiente, o BC [Banco Central] idem” explicou.

Faria também destacou que não há interferência sobre as escolhas das emissoras.

“Dou a resposta 100% convicta. Não há interferência, não existirá interferência, nem para [o patrocínio] ir para o Globo ou não ir, SBT ou não ir, Record ou não ir, pelo contrário “

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