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Defesa de Witzel alega que trecho da delação de Edmar Santos sumiu e pede suspensão do processo no STJ – G1

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Witzel em seu discurso de defesa no dia em que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou a abertura do processo de impeachment, em setembro de 2020 — Foto: Reprodução/TV Alerj

Witzel em seu discurso de defesa no dia em que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou a abertura do processo de impeachment, em setembro de 2020 — Foto: Reprodução/TV Alerj

A defesa do governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), pediu a suspensão da ação em que ele é acusado de corrupção. Os advogados alegam que o trecho em vídeo da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde, que incrimina Witzel desapareceu. A ação corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O trecho que teria sumido tem 24 minutos e, segundo os advogados, é justamente aquele em que o ex-secretário teria descrito o que chamam de suposto caixa único da propina. Desses, 20% seriam destinados a Witzel. A defesa alega que o processo só pode continuar quando o trecho reaparecer.

Ainda de acordo com a defesa, o vídeo narra o suposto custeio da família Witzel “capitaneado pelo grupo do Pastor Everaldo“, presidente do PSC, que também foi preso na operação.

A defesa do governador afastado alega que o trecho da delação de Edmar Santos é “absolutamente central” e que não há outras provas da ligação de Witzel com a organização criminosa. O pedido foi feito na última quinta-feira (21).

Suspeito de corrupção em contratos da Saúde, Witzel foi afastado do cargo pelo STJ em agosto do ano passado. Ele teria recebido, por meio do escritório de advocacia da esposa Helena Witzel, R$ 554,2 mil em propina.

A descoberta do esquema criminoso teve início com a apuração de irregularidades na contratação dos hospitais de campanha, respiradores e medicamentos para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.

A investigação serviu para a abertura de um processo de impeachment, que corre paralelamente no Tribunal Especial Misto (TEM), formado por juízes do Tribunal de Justiça do Rio e deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

No Tribunal Misto, Witzel obteve a suspensão de seu depoimento após um pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF), concedido pelo ministro Alexandre de Moraes, até que a delação de Edmar Santos seja tornada pública.

O que diz a PGR

A Procuradoria Geral da República informou que o processo foi encaminhado à PGR, mas que ainda não chegou. “O caso vai ser analisado e a manifestação apresentada nos autos”.

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