BRASÍLIA — Em sessão do Conselho de Ética realizado nesta terça-feira, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso em flagrante por ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que está sendo perseguido por “partidos comunistas”.
Em reunião do colegiado, seis representações sobre o caso que o levou à prisão foram juntadas ao processo já instaurado pelo grupo. A representação original foi feita pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
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Há duas semanas, o plenário da Câmara manteve o parlamentar preso. Presidindo a sessão, Cezinha de Madureira (PSD-SP) anunciou que outras representações sobre o mesmo fato, de PSOL, PCdoB, PSB, PT, PDT e Podemos, seriam apensadas ao processo de Silveira.
— São processos espetaculosos, sempre de partidos comunistas, que defendem pautas nefastas. Mas nós, do conservadorismo, nunca entramos com nenhum processo contra eles. Eles querem pagar de puritanos, mas nos acusam de fascistas e milicianos — afirmou Daniel Silveira.
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Participando da sessão por meio de transmissão de vídeo, Daniel Silveira disse ainda que estava de sem condições de exercer sua defesa plenamente, já que está preso em Batalhão da Polícia Militar, no Rio de Janeiro.
— Infelizmente estou com os braços atados, com essa prisão ilegal, inconstitucional — reclamou.
O deputado do PSL também afirmou que “nenhum partido sério” apresentou denúncia contra ele no Conselho.
— Diga-me quem enfrenta e te direi se a sua luta é justa — desabafou.
O caso de Daniel Silveira é relatado pelo deputado Fernando Rodolfo (PL-PE). Em entrevista ao GLOBO, Fernando Rodolfo afirmou que a Constituição não dá respaldo ao discurso proferido em vídeo que motivou a prisão.