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Cruzes em montanha incomodam ateus, mas não serão removidas


Uma cidade envolvida em uma batalha iniciada por um grupo de ativistas ateus que tenta remover três cruzes de uma área pública rejeitou a solicitação e decidiu manter o monumento.

O procurador da cidade de Elizabethton, no estado do Tennessee (EUA), Roger Day, divulgou um comunicado na semana passada dizendo que as cruzes na montanha Lynn não violam a laicidade da Constituição dos EUA.

O grupo ativista Freedom from Religion Foundation (FFRF) é sediado em Wisconsin e possui grande capacidade financeira para sustentar diversos processos simultâneos em suas tentativas de censurar manifestações religiosas em muitas cidades de diversos estados dos EUA.

Anteriormente, o grupo ativista ateu já havia pedido que a cidade removesse as cruzes que estão no lugar desde a década de 1950, quando crianças à época as criaram como um projeto de Páscoa.

O procurador Day citou a decisão da Suprema Corte dos EUA de 2019, em um processo da Legião Americana contra a Associação Humanista Americana, quando o tribunal superior decidiu por 7 a 2 que uma cruz de 12 metros de altura em propriedade pública em Maryland não violava a Cláusula de Estabelecimento da Constituição.

“Concordo com a decisão da Suprema Corte dos EUA na Legião Americana, que considerou que ‘monumentos, símbolos e práticas de longa data’ com ‘associações religiosas’ têm uma ‘presunção de constitucionalidade’”, escreveu o procurador.

Day afirmou também que, de acordo com a decisão, “um símbolo religioso em propriedade do governo não viola a Cláusula de Estabelecimento se tiver assumido um significado secular”.

“Como tal, é minha opinião como procurador da cidade de Elizabethton que as três cruzes podem permanecer em Lynn Mountain em propriedades do município”, reiterou.

A declaração de Day é a primeira observação pública feita por um servidor público sobre o debate em relação às cruzes da montanha Lynn desde que a questão foi levantada pela primeira vez em 2018.

A organização ateísta FFRF, que frequentemente apresenta queixas legais contra símbolos cristãos, acredita que as cruzes violam a separação entre Igreja e Estado, de acordo com informações do portal The Christian Post.

A organização enviou uma carta de reclamação à cidade em 2018 em nome de dois moradores, com o grupo ateu suspeitando que as cruzes estão sendo financiadas pela cidade porque passaram por revitalizações e são iluminadas à noite.

“Não conheço os fatos do financiamento e tudo mais, mas em 2018 analisamos pesquisas de terra para confirmar que [as cruzes] estão em propriedades da cidade, e isso certamente não foi argumentado”, disse Karen Heineman, assessora jurídica do grupo ativista ateu.

“Nossa preocupação é que temos essas três cruzes latinas, que são… definidas como religiosamente associadas ao cristianismo. E suspeitamos que pelo menos alguns fundos da cidade são [usados para] mantê-las, iluminando-as. E essa é a nossa preocupação. Sentimos que a Constituição diz o contrário, que isso não está certo”.

Em contraponto, o First Liberty Institute, uma entidade conservadora dedicada à preservação da liberdade religiosa, se manifestou em apoio à preservação das cruzes na montanha.





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