Na realidade atual dos países na África Subsaariana, ser cristão é o mesmo que estar marcado para sofrer e até morrer. Porém, nem mesmo a forte perseguição tem impedido o crescimento das comunidades cristãs locais. O pastor Timothy Werunga*, do Quênia, vem ao Brasil para compartilhar os feitos de Deus na Igreja Perseguida.
Ele tem vasta experiência na apresentação de Jesus e no discipulado de muçulmanos, e uma das maneiras encontradas de ampliar o alcance foi a criação de um programa de rádio, específico para evangelização. Porém, a mensagem da Cruz enfureceu alguns extremistas ao ponto de atacarem a base da estação de rádio. “Mas isto é nada comparado ao que nossos irmãos e irmãs enfrentam em muitas partes da África hoje. Desde quando trabalho com a Igreja Perseguida na região, nós temos encontrado uma variedade de perseguição”, reconhece.
De acordo com Werunga, os desafios enfrentados pelos irmãos e irmãs da África Subsaariana parecem óbvios, como a falta de acesso aos serviços públicos, a educação negada, carências de cuidados médicos e de segurança. Entretanto, os cristãos perseguidos têm uma outra visão sobre as adversidades. “Uma irmã me disse: ‘Eu realmente preciso pregar o evangelho. Não estou preocupada sobre as agressões físicas, negação de comida e tortura. Por favor, me ajude a comprar materiais, pregamos sem isto e há muitos muçulmanos se voltando a Deus’”
Em outro testemunho, o pastor narrou uma experiência impactante, onde um cristão se negou a deixar a linha de frente para os ataques dos radicais. Ele não queria viver com a família em um local mais seguro. “Eu não posso deixar o rebanho (os cristãos) que o Senhor me deu por causa da minha segurança. Eu vou morrer aqui servindo o Deus, que salvou minha vida”, o irmão explicou a Werunga. Um tempo depois, ele foi uma das vítimas fatais de um ataque durante a visita em um dos grupos pequenos da região.
O pastor Timothy Werunga deseja compartilhar estas e outras histórias com as igrejas espalhadas pelo Brasil.