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Corrupção antecipa o fim da Dersa

Detalhes sobre a liquidação da empresa, que havia sido autorizada em setembro de 2019, foram publicados no D.O. desta quarta

Paulo Preto

Ex-diretor de engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto | Foto: Robson Fernandes/Estadão Conteúdo

Abrigo de uma das mais intrigantes caixas-pretas do país, a Dersa, sigla que identifica a empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A, entrou em processo de liquidação nesta quarta-feira, 21. Fundada em 1969, a companhia de economia mista é responsável por construir, operar, manter e administrar boa parte das rodovias e outras infraestruturas em transporte do Estado de São Paulo.

A liquidação foi precipitada pelos prejuízos financeiros colecionados nos últimos anos, além de diversos casos de corrupção. O mais notório deles envolveu Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e considerado pela Polícia Federal como o operador das propinas pagas ao PSDB durante a construção do Rodoanel Mário Covas. A obra é a maior do gênero em andamento no país.

As rodovias e outras infraestruturas em transporte administrados pela Dersa passarão pelo comando de outras operadoras do governo e, os servidores públicos, serão realocados. “Os serviços de travessias litorâneas outorgados à DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S.A., por meio do Decreto nº 29.884, de 4 de maio de 1989, passam a ser administrados pelo Departamento Hidroviário, da Secretaria de Logística e Transportes”, informa o texto do Diário Oficial do Estado publicado nesta quarta. “A partir do início do respectivo processo de liquidação, a vinculação das empresas públicas e sociedades de economia mista fica transferida para a Secretaria de Projetos, Orçamento e Gestão”.

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