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Contraventor Fernando Iggnácio é assassinado em heliporto no Recreio – Extra

O contraventor Fernando Iggnácio Miranda foi morto a tiros de fuzil, no início desta tarde, num heliporto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O genro de Castor de Andrade foi vítima de uma emboscada após chegar de Angra dos Reis, de helicóptero.

Fernando Iggnácio Miranda foi morto num heliporto no Recreio dos Bandeirantes
Fernando Iggnácio Miranda foi morto num heliporto no Recreio dos Bandeirantes Foto: Reprodução

O atirador estaria posicionado em cima de um muro à espera do contraventor. Os disparos atingiram Iggnácio quando ele passava próximo a uma churrasqueira. No começo da tarde, o corpo do contraventor ainda se encontrava na Heli-Rio, empresa de fretamento de helicópteros no Recreio. Policiais da Delegacia Homicidios da Capital realizam uma perícia no local. Eles não deram informações sobre o caso. Os advogados de Fernando Iggnacio também estão no heliporto.

A empresa Heli-Rio, onde Fernando Iggnácio foi morto, conta com circuito de vigilância, que pode pode ser útil para a investigação.

Heli-Rio têm câmeras de segurança
Heli-Rio têm câmeras de segurança Foto: Fábio Gusmão

A empresa Heli-Rio, onde Fernando Iggnácio foi morto, conta com circuito de vigilância, que pode pode ser útil para a investigação. Pouco depois das 15h, policiais da Delegacia Homicíidios da Capital começaram a fazer uma perícia não só no heliporto, mas no entorno. O atirador pode ter tido acesso à empresa através de um dos três terrenos baldios que ficam nas proximidades. Um deles é colado à propriedade, e é maior a probabilidade de que tenha sido o local de espreita.

Heliporto fica ao lado de um terreno baldio
Heliporto fica ao lado de um terreno baldio Foto: Fábio Gusmão
Terreno baldio pode ter dado acesso ao heliporto
Terreno baldio pode ter dado acesso ao heliporto Foto: Fábio Gusmão
Policiais analisam portão de terreno, por onde atiradores podem ter entrado em heliporto
Policiais analisam portão de terreno, por onde atiradores podem ter entrado em heliporto

Testemunhas relatam ter ouvido muitos tiros no local, logo após a chegada de um helióptero.

— A gente ouviu um helicóptero chegando. Pouco depois escutamos os tiros. Foram muitos disparos, uns dez mais ou menos. Na hora, eu fiquei assustado, e minha reação foi de ficar abaixado — contou um homem que preferiu não se identificar.

Os disparos atingiram o contraventor quando ele passava próximo a uma churrasqueira. O corpo foi removido pouco depois das 16h.

Nesta terça-feira, a Mocidade Independente de Padre Miguel, historicamente ligada à família Andrade, comemora 65 anos de fundação.

Policiais também estão vistoriarando um terreno baldio, que fica ao lado da empresa de fretamento. Há suspeito que o assassino tenha usado este local para fazer os disparos. O terreno, na parte da frente, tem um portão e uma cerca gradeada. O portão estava com uma chapa solta e pode ter servido de acesso. ” Até pouco antes dos tiros, essa chapa estava no lugar. Foram muitos tiros”, disse um funcionário que cuida do terreno.

O corpo do contraventor foi removido por volta das 16h15 e levado para o Instituto Médico Legal. Duas mulheres, uma delas uma irmã de Fernando Ignácio, chegaram ao local.

Disputa familiar

Castor Gonçalves de Andrade e Silva tornou-se o chefão da contravenção no Rio nos anos 70 e chegou a expandir seus domínios para o Nordeste. Ele morreu de infarto em abril de 1997, dando início a uma guerra na família pela sucessão. Ainda em vida, Castor escolhera Rogério, seu sobrinho, para comandar a contravenção na Zona Oeste e em outras áreas do estado. O filho de Castor, Paulinho, não concordou e iniciou uma batalha com o primo. Em 1998, Paulinho e um segurança foram assassinados na Barra. O genro de Castor, Fernando Iggnácio Miranda, assumiu o lugar na disputa com Rogério.

De acordo com investigações da polícia, a partir da metade dos anos 1990, Fernando Iggnácio passou a controlar a Adult Fifty, empresa que explorava caça-níqueis em toda a Zona Oeste. Em 1998, Rogério teria fundado a Oeste Rio. O próprio Rogério foi vítima de uma tentativa de assassinato em 2001. Em abril de 2010, outro ataque: o filho de Rogério, de 17 anos, morreu num atentado na Barra. Em vez do pai, era o rapaz que dirigia um carro no qual foi colocada uma bomba. Segundo uma investigação da Polícia Federal, os contraventores César Andrade de Lima Souto e Fernando Andrade de Lima Souto estariam envolvidos no crime.

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