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Com iminente invasão russa, EUA reforçam apoio à Ucrânia e prometem sanções – Correio Braziliense

Pedro Grigori

postado em 11/02/2022 22:07

Militares das Forças Militares Ucranianas usam tanques, canhões autopropulsados e outros veículos blindados para realizar exercícios de tiro real perto da cidade de Chuhuiv - (crédito: Sergey BOBOK / AFP)

Militares das Forças Militares Ucranianas usam tanques, canhões autopropulsados e outros veículos blindados para realizar exercícios de tiro real perto da cidade de Chuhuiv – (crédito: Sergey BOBOK / AFP)

A crise entre Ucrânia e Rússia chega a um dos momentos de maior tensão. O confronto entre as ex-repúblicas soviéticas pode ocorrer “a qualquer momento”, de acordo com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, que não descarta a invasão russa, inclusive, durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, na China.

A Rússia continua enviando militares para perto da fronteira. De acordo com o governo da Ucrânia, já são mais de 127 mil soldados na região. Segundo a rede pública americana PBS News, o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu invadir a Ucrânia, e a informação já teria sido comunicada às Forças Armadas do país.

Com o aumento da tensão, Antony Blinken reafirmou ao ministro das Relações Internacionais ucraniano, Dmytro Kuleba, o “apoio firme” dos Estados Unidos frente “à uma ameaça cada vez mais forte” da invasão russa.

Histórico

Vale a pena lembrar que a Rússia, desde a época da União Soviética, nunca entrou em confronto militar direto contra os Estados Unidos. Em 1945, com os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, os EUA mostraram para o mundo o domínio sobre uma tecnologia de capacidade destrutiva nunca vista até então: a bomba nuclear.

Os ataques dos norte-americanos ao Japão colocaram um ponto final na Segunda Guerra Mundial, que tinha União Soviética e os EUA do mesmo lado, os Aliados. Após o fim do confronto, EUA e URSS se firmaram como as maiores potências do mundo, mas com muitas divergências (como o capitalismo dos EUA e o comunismo da URSS) que tornavam iminente um novo confronto.

Em 1949, a União Soviética também conseguiu dominar a tecnologia necessária para produzir uma bomba nuclear. A partir dali, caso os EUA usassem armas nucleares contra os soviéticos (ou vice e versa) o outro poderia contra atacar, causando o que ficou conhecido desde a década de 40 como “destruição mútua assegurada” — ataques que, literalmente, poderiam levar ao fim do mundo.

Esse medo perpetuou toda Guerra Fria, que nunca contou com confrontos diretos entre os norte-americanos e os soviéticos.

Com a decadência do regime soviético e o fim da URSS, em 1991, países como Rússia e Ucrânia deixaram de ser uma só nação e se separaram.

Líderes russos, como Vladimir Putin, defendem o resgate do poder e da liderança da Rússia na região e no mundo, e acreditam que as antigas repúblicas soviéticas nunca deveriam ter se separado.

Nos últimos anos, aos poucos, a Rússia foi “recuperando” antigos territórios da URSS, como a Geórgia (em 2008), e a Crimeia (em 2014), e agora parece querer dar um passo mais largo, invadindo a Ucrânia.

Antes mesmo da União Soviética, Rússia e Ucrânia já estavam unidas no antigo Império Russo, que existiu entre 1721 e 1917. O que leva o presidente Putin a acreditar que os dois países nunca deveriam ter se separado.

Líderes mundiais prometem sanções econômicas 

Diante dos últimos avanços, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai telefonar para Putin neste sábado (12/2), assim como Emmanuel Macron, da França. Na próxima semana, o chanceler alemão, Olaf Scholz, vai visitar Moscou e falar com o líder russo.

Até mesmo Jair Bolsonaro (PL) tem viagem marcada para o leste europeu e deve desembarcar na Rússia na segunda-feira (14/2).

“Os aliados estão determinados a adotar conjuntamente sanções rápidas e severas contra a Rússia se houver novas violações da integridade territorial e soberania da Ucrânia”, tuitou o porta-voz do chanceler alemão após a reunião. “Todos os esforços diplomáticos buscam persuadir Moscou a ir para uma desescalada. O objetivo é impedir uma guerra na Europa”, acrescentou.

 

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