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Colégio Eleitoral deve ratificar vitória de Biden nesta segunda; Trump segue sem admitir derrota – G1

Colégio eleitoral vai se reunir para oficializar Biden como próximo presidente dos EUA

Colégio eleitoral vai se reunir para oficializar Biden como próximo presidente dos EUA

O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos deve ratificar nesta segunda-feira (14) a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial americana. Este ano, o processo, que normalmente tem um papel apenas formal, adquiriu um significado incomum, já que o atual presidente, o republicano Donald Trump, se recusa a admitir a derrota apontada há semanas pelas projeções dos veículos de imprensa.

Os resultados da eleição de 3 de novembro já foram certificados pelos 50 estados americanos, assim como pelo Distrito de Columbia (a capital Washington).

Veja o cronograma do que vem pela frente:

  • 14 de dezembro: delegados do Colégio Eleitoral se reúnem nas assembleias legislativas estaduais para depositar seus votos. Tirando raras exceções históricas de delegados “revoltosos”, isso sempre ocorre de acordo com os resultados certificados de votação estadual, ou seja, não há realmente uma expectativa de que algo possa mudar em relação ao fato de Biden ser o vencedor.
  • 23 de dezembro: data-limite para que o Senado, em Washington, receba os certificados dos votos dos delegados em cada estado.
  • 6 de janeiro: o Congresso americano faz uma sessão conjunta e conta os votos do Colégio Eleitoral. Quem preside a sessão é o presidente do Senado, que é o vice-presidente Mike Pence. Caberá a ele declarar, então, quem está oficialmente eleito.
  • 20 de janeiro: o novo presidente e seu vice assumem seus cargos.

Considerando o voto popular, Biden teve 81,3 milhões de votos (51,3%) contra 74,2 milhões (46,8%) de Trump.

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Joe Biden, presidente eleito dos EUA, durante coletiva de imprensa da equipe de transição nesta terça (8) — Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Joe Biden, presidente eleito dos EUA, durante coletiva de imprensa da equipe de transição nesta terça (8) — Foto: Kevin Lamarque/Reuters

No, entanto, nos Estados Unidos, o presidente é decidido pelo sufrágio universal indireto, e cada estado dispõe de um número determinado de delegados (ou, na terminologia oficial, “grandes eleitores”) com base no tamanho de sua população.

Biden conquistou 306 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e Trump 232. Para vencer a eleição eram necessários ao menos 270.

Os membros do Colégio Eleitoral formalizarão o processo nesta segunda-feira, com os delegados votando em cada estado.

À noite, Biden fará um discurso para celebrar a confirmação de sua vitória e “a força e resistência” da democracia americana, segundo a equipe de transição.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa de teleconferência com militares, no Dia de Ação de Graças, na Casa Branca, em novembro — Foto: AP Photo/Patrick Semansky

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa de teleconferência com militares, no Dia de Ação de Graças, na Casa Branca, em novembro — Foto: AP Photo/Patrick Semansky

Sem concessão de Trump

Embora em anos anteriores tenham sido registrados casos de “eleitores infiéis”, que votaram em um candidato que não venceu em seu estado, o número nunca foi suficiente para alterar o resultado de uma eleição.

Mas Trump continua fazendo afirmações sem fundamento de que a eleição de novembro foi a “mais corrupta na história dos Estados Unidos”, como tuitou novamente neste domingo.

Relembre no vídeo abaixo como funciona o Colégio Eleitoral

Como funciona a eleição presidencial nos Estados Unidos

Como funciona a eleição presidencial nos Estados Unidos

A campanha do republicano, porém, não conseguiu provar nenhum caso de fraude e as tentativas de impugnar a votação, examinadas por dezenas de juízes, foram rejeitadas, com apenas uma exceção.

A Suprema Corte, de maioria conservadora graças às designações de três integrantes por Trump, se negou na sexta-feira (11) sequer a considerar duas demandas dos republicanos.

Muitos congressistas republicanos respaldam as afirmações de fraude de Trump, mas alguns estariam dispostos a reconhecer a vitória de Biden após a ratificação do resultado pelo Colégio Eleitoral.

Mas como as pesquisas mostram que apenas um em cada quatro eleitores republicanos aceita os resultados das eleições como válidos, não se espera que Trump admita a derrota a curto prazo.

No fim de semana, ao ser questionado em uma entrevista no canal Fox News se compareceria à posse de Biden em 20 de janeiro, como exigem o protocolo e séculos de tradição, Trump se limitou a responder: “Não quero falar sobre isto”.

Alguns aliados de Trump especularam sobre a possibilidade de contestar o resultado no dia 6 de janeiro, quando o Congresso validará formalmente a votação do Colégio Eleitoral.

Embora as possibilidades de sucesso da iniciativa sejam praticamente nulas, esta seria mais um exemplo do cenário de profunda divisão em que Biden iniciará sua presidência.

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