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Cláudio Castro pede retirada de aeroportos de MG do bloco de concessão do Santos Dumont – Folha

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, vai pedir ao Ministério da Infraestrutura a retirada de aeroportos mineiros do edital de concessão do aeroporto Santos Dumont, por entender que prejudicam o Galeão.

“A gente está solicitando uma mudança sim [no edital], principalmente da questão da retirada dos dois aeroportos deficitários de Minas Gerais, que fazem ter prejuízo para o Rio de Janeiro”, disse.

“Vamos discutir os formatos. Já tive duas reuniões com ele [Freitas], esta é a terceira. É um processo de negociação”, disse. “O diálogo está 100% aberto, que é o que neste momento importa, antes da concessão. Não se conceder nada enquanto não exaurir o diálogo.”

A declaração foi dada na saída do Palácio do Planalto, onde o governador teve audiência com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Paulo Guedes (Economia).

Em seguida, ele teve reunião com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. No encontro, foi combinado que a pasta formaria um grupo de trabalho (GT) para discutir o edital, com a presença de integrantes dos governos federal e estadual, além de representantes do setor produtivo e do consórcio contratado para elaborar os estudos do edital.

De acordo com o ministério, o GT terá prazo de 30 dias, a partir de 19 de janeiro, para “avaliar eventuais ajustes”.

Castro foi acompanhado do senador Carlos Portinho (PL-RJ), que, na véspera, entrou contra o edital no TCU (Tribunal de Contas da União).

“Vamos ver se a gente consegue essa revisão do bloco Rio de Janeiro-Minas Gerais, para alcançar aquilo que o Rio de Janeiro deseja, para o bom funcionamento do sistema multiaeroportos (Galeão e Santos Dumont). Neste aspecto, o grupo de trabalho é positivo”, disse o parlamentar.

A aprovação do edital pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em dezembro do ano passado, causou ruído no mundo político do Rio.

A inclusão de três aeroportos mineiros no edital foi questionada também pelo prefeito Eduardo Paes (PSD).

No último dia 5, ele sugeriu que a inclusão desses aeroportos teria sido feita para favorecer o atual operador de Confins, o grupo CCR. Ele pediu investigação do TCU e do Ministério Público.

Outro temor apontado por políticos do estado é que investimentos feitos no Santos Dumont inviabilizem a operação do aeroporto internacional do Galeão, importante para a logística de cargas no estado e gerador de 17 mil empregos diretos e indiretos.

Em vídeo divulgado nas redes sociais no último dia 10, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) saiu em defesa do edital do governo federal.

O filho do presidente disse que é falsa a alegação de que o projeto prejudica o aeroporto internacional do Galeão.

Segundo o senador, o Galeão e o Santos Dumont não competem pelos mesmos tipos de voo, e a recuperação do aeroporto internacional depende da retomada econômica no estado.

“Quando que o Rio vai ter outra oportunidade como essa? Em vez de trabalhar contra a concessão do Santos Dumont, achando que está ajudando o Galeão, e na verdade não está resolvendo o problema, vamos trabalhar juntos para beneficiar o nosso Rio de Janeiro agora. Com diálogo com o presidente Bolsonaro, que é do Rio e tem todo o interesse em ajudar o estado”, afirmou o senador.

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