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Chuvas no Estado de São Paulo causam deslizamentos, alagam cidades e deixam 19 mortos – Jovem Pan

Cidades mais castigadas foram Arujá, Franco da Rocha, Francisco Morato, Embu das Artes, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jaú, Ribeirão Preto, Capivari, Monte Mor e Rafard

Luciano Claudino/Código 19/Estadão ConteúdoRio Capivari subiu e provocou o alagamento de ruas e casas em Monte Mor

Os temporais que atingiram o Estado de São Paulo durante todo o sábado, 29, e o começo do domingo, 30, afetaram drasticamente a região metropolitana da capital e o interior do Estado. Dezonove pessoas morreram, entre elas sete crianças, de acordo com o governador João Doria (PSDB). Foram mais castigadas as cidades de Arujá, Franco da Rocha, Francisco Morato, Embu das Artes, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jaú, Ribeirão Preto, Capivari, Monte Mor e Rafard. “Sobrevoamos as áreas atingidas. Impacta e entristece, principalmente a quantidade de desmoronamentos”, lamentou Doria.

O tucano liberou R$ 15 milhões para ajudar as cidades atingidas por enchentes, quedas de árvores e deslizamenros de terra. Centenas de pessoas ficaram desalojadas e, segundo Doria, terão apoio do governo estadual para terem onde dormir nesta noite. Das 18 vítimas datais, 5 moravam em Várzea Paulista (cinco da mesma família, entre elas três crianças), 4 em Francisco Morarto (todas elas crianças), 4 em Franco da Rocha, 3 em Embu das Artes, 1 em Ribeirão preto, 1 em Arujá e 1 em Rafard. O governo do Estado não inclui em sua conta um menor morto em Embu das Artes, mas, de acordo com o Corpo de Bombeiros, uma das três pessoas mortas era uma menina de 4 anos. Um deslizamento de terra destruiu a casa onde ela morava e matou também sua mãe, uma mulher de 45 anos, um irmão, de 21. Outros quatro moradores do imóvel conseguiram escapar com a ajuda de vizinhos. Em Franco da Rocha e Várzea Paulista, equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros usaram botes para realizar as buscas e ajudar pessoas que ficaram desalojadas. Choveu 88 milímetros nas últimas 72 horas na cidade.

Capivari, cidade que fica a 53 km de Campinas, registrou com 15 pontos de alagamento ao longo deste domingo. A prefeitura pediu a remoção de de 23 famílias que vivem próximas ao rio que leva o nome da cidade. “Para que a situação não se agrave, a Defesa Civil encarecidamente que ninguém resista à saída de suas casas”, alertou a prefeitura. Choveu no município três vezes mais do que o esperado neste final de semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A administração municipal, ao constatar a elevação do nível do rio, pediu no sábado, 29, a abertura das comportas da Barragem Leopoldina, mas isso não foi suficiente para evitar o transbordamento. Também banhadas pelo Capivari, as cidades de Campinas, Monte Mor e Indaiatuba foram afetadas. Ontem, a Campinas foi castigada pelo temporal, que derrubou um muro na Avenida Cinco, alagou dezenas de residências (sobretudo nos bairros Jardim das Bandeiras, São Judas Tadeu e Jardim Planalto de Viracopos) e arrastou carros.

O Inmet alerta para a continuidade das chuvas nesta semana, superiores a 60 mm/h ou acima de 100 mm/dia. De acordo com o órgão, há grande risco no Estado de São Paulo de alagamentos e transbordamentos de rios, além de grandes deslizamentos de encostas. A Defesa Civil pede que, em situações como essa, as pessoas mantenham-se abrigadas até obter informações de que o caminho está seguro e evitem o trânsito por vias cobertas por água. Também são recomendadas medidas preventivas como executar a manutenção no madeiramento do telhado(para não ocorrer destelhamento em razão de chuvas), prestar atenção aos boletins meteorológicos e avisos de tempestades e, ao ser noticiado sobre chuva de granizo, deixar o veículo em local coberto, para evitar danos na lataria e nos vidros.

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