Cidades mais castigadas foram Arujá, Franco da Rocha, Francisco Morato, Embu das Artes, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jaú, Ribeirão Preto, Capivari, Monte Mor e Rafard
Os temporais que atingiram o Estado de São Paulo durante todo o sábado, 29, e o começo do domingo, 30, afetaram drasticamente a região metropolitana da capital e o interior do Estado. Dezonove pessoas morreram, entre elas sete crianças, de acordo com o governador João Doria (PSDB). Foram mais castigadas as cidades de Arujá, Franco da Rocha, Francisco Morato, Embu das Artes, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jaú, Ribeirão Preto, Capivari, Monte Mor e Rafard. “Sobrevoamos as áreas atingidas. Impacta e entristece, principalmente a quantidade de desmoronamentos”, lamentou Doria.
O tucano liberou R$ 15 milhões para ajudar as cidades atingidas por enchentes, quedas de árvores e deslizamenros de terra. Centenas de pessoas ficaram desalojadas e, segundo Doria, terão apoio do governo estadual para terem onde dormir nesta noite. Das 18 vítimas datais, 5 moravam em Várzea Paulista (cinco da mesma família, entre elas três crianças), 4 em Francisco Morarto (todas elas crianças), 4 em Franco da Rocha, 3 em Embu das Artes, 1 em Ribeirão preto, 1 em Arujá e 1 em Rafard. O governo do Estado não inclui em sua conta um menor morto em Embu das Artes, mas, de acordo com o Corpo de Bombeiros, uma das três pessoas mortas era uma menina de 4 anos. Um deslizamento de terra destruiu a casa onde ela morava e matou também sua mãe, uma mulher de 45 anos, um irmão, de 21. Outros quatro moradores do imóvel conseguiram escapar com a ajuda de vizinhos. Em Franco da Rocha e Várzea Paulista, equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros usaram botes para realizar as buscas e ajudar pessoas que ficaram desalojadas. Choveu 88 milímetros nas últimas 72 horas na cidade.
UMA TRAGÉDIA ACABA DE OCORRER EM FRANCO DA ROCHA, REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO
Um deslizamento de terra atingiu residências em Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo, na manhã deste domingo (30) após fortes chuvas atingirem o município. pic.twitter.com/nxwOISwZNU
— Ação e Reação (@reacao_acao) January 30, 2022
Capivari, cidade que fica a 53 km de Campinas, registrou com 15 pontos de alagamento ao longo deste domingo. A prefeitura pediu a remoção de de 23 famílias que vivem próximas ao rio que leva o nome da cidade. “Para que a situação não se agrave, a Defesa Civil encarecidamente que ninguém resista à saída de suas casas”, alertou a prefeitura. Choveu no município três vezes mais do que o esperado neste final de semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A administração municipal, ao constatar a elevação do nível do rio, pediu no sábado, 29, a abertura das comportas da Barragem Leopoldina, mas isso não foi suficiente para evitar o transbordamento. Também banhadas pelo Capivari, as cidades de Campinas, Monte Mor e Indaiatuba foram afetadas. Ontem, a Campinas foi castigada pelo temporal, que derrubou um muro na Avenida Cinco, alagou dezenas de residências (sobretudo nos bairros Jardim das Bandeiras, São Judas Tadeu e Jardim Planalto de Viracopos) e arrastou carros.
O Inmet alerta para a continuidade das chuvas nesta semana, superiores a 60 mm/h ou acima de 100 mm/dia. De acordo com o órgão, há grande risco no Estado de São Paulo de alagamentos e transbordamentos de rios, além de grandes deslizamentos de encostas. A Defesa Civil pede que, em situações como essa, as pessoas mantenham-se abrigadas até obter informações de que o caminho está seguro e evitem o trânsito por vias cobertas por água. Também são recomendadas medidas preventivas como executar a manutenção no madeiramento do telhado(para não ocorrer destelhamento em razão de chuvas), prestar atenção aos boletins meteorológicos e avisos de tempestades e, ao ser noticiado sobre chuva de granizo, deixar o veículo em local coberto, para evitar danos na lataria e nos vidros.