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Casamento Feliz. Segredos para ter 365 dias dos namorados por ano

Quando um casamento inicia, você não está na frente de um sacerdote, pastor ou mero agente religioso, nada disto.

Um casamento inicia quando os olhares se cruzam, a mente fica inquieta com aquela presença e os dois personagens se atraem, antes mesmo de compreender os motivos e caminhos desta atração.

É quando as primeiras confidências são trocadas, enquanto os primeiros detalhes da personalidade de cada um vão sendo expostos, é ali que a união começa a se estabelecer.

No início são rascunhos, linhas elaboradas na intensidade daquela sensação única, muitas vezes sentida pela primeira vez, que mesmo que resulte numa imagem rebuscada, ainda assim, tem o esplendor de uma obra de arte completa e magnífica.

Mas ainda são rascunhos e é preciso aperfeiçoar o desenho.

Este é o caminho da transformação daquelas figuras inexperientes e inseguras, em personagens principais, protagonistas de uma história de amor verdadeiro.

É o aperfeiçoamento das linhas, a composição delicada de cada elemento daquela obra, que une o casal no objetivo mútuo de não se separarem mais, de definirem que cada um é a companhia perfeita para trilhar a caminhada desafiadora do futuro.

Mas quando o castelo começa a desmoronar?

O casamento feliz acontece muito antes de seus protagonistas perceberem, quando os mecanismos profundos e desconhecidos que controlam a vida, diante de uma aproximação sintonizada, assumem o controle e o Senhor dos Destinos elabora aquela união como algo abençoado e Divino.

O desmoronar de uma relação também inicia muito antes dele se realizar de fato e o desmoronamento do castelo tem seu início nos pequenos desajustes, nas mínimas incompreensões, nos mais desprezíveis gestos e nas mais insignificantes atitudes.

O que nasce sem percebermos, também morre sem nos darmos conta.

É a energia inicial que acende a chama da relação e é esta chama que leva ao conhecimento, à experimentação da convivência, evoluindo nas etapas naturais, virando um namoro, chegando a um noivado e culminando num casamento, em meio a todas aquelas esperanças e desejos de felicidades plenas.

O que corrói uma relação que nasceu tão intensa e com ares de ser definitiva, já se manifesta muito antes de ganhar o corpo de um problema insuperável, e não é levado em conta, porque normalmente passa despercebido e não tem a conotação de ser relevante.

Ledo engano!

O que pode parecer irrelevante para alguns, pode ser definitivo para outros.

Uma frase, uma postura, um comportamento, uma pequena atitude, que para um pode ter sido casual ou incorporada à sua naturalidade, pode ter o poder de tirar o outro do prumo, desestabilizar suas emoções profundas, expor seus temores e inseguranças, e gradativamente, minar a confiança nos destinos daquela relação.

A semente do amor se planta, se cuida e se preserva.

Quando a semente original é descuidada, as ervas daninhas tendem a tomar conta do jardim, e quando quem tanto ama as flores se dá conta, daquele jardim já resta muito pouco, e as poucas flores que restaram, teimam em manter a chama da vida, em meio aos espinhos e voracidade dos invasores daquele terreno abençoado dos seus sonhos.

A brecha que dá entrada às sementes ruins é a falta de sintonia fina entre o casal, àquelas que vão consumir o espaço, a energia, a vitalidade do jardim da relação.

Na maior parte das vezes, só percebemos o tamanho do mal, quando ele já está estabelecido, e o que mais nos assombra, é que ele germinou, nasceu, criou raízes, se consolidou, ganhou vigor e estrutura, bem diante de todos os nossos sentidos.

Já sabíamos que ele estava ali, se alimentando da energia de nosso casamento, bebendo a água com a qual regávamos com tanto cuidado os nossos encontros, a nossa intimidade, o nosso carinho.

O mal é um agente único e poderoso, que se alastra e se firma nos espaços onde é ignorado.

São as distorções, as rusgas, a falta de flexibilidade, de compreensão, de amizade, que levam à perda de fragmentos importantes de respeito, e quando isto acontece, quando pequenos e leves tremores começam a acontecer, que as bases das paredes do castelo tão cuidadosamente erguido, começam a ruir, primeiro lentamente, para logo em seguida deslanchar e desaparecerem diante de nossos olhos.

É neste momento em que nos percebemos inertes, sem ação, desesperados diante daquilo que não conseguimos compreender, muito menos agir em contrapartida.

O casamento acaba, e com ele acaba um pedaço de nós, uma sensação de frustração e desespero assume a maior parte de nossa compreensão da vida, e quase tudo perde valor.

Porque não prestamos atenção no que era realmente importante?

Porque não notamos que estávamos machucando o outro?

Porque não percebemos que estávamos fazendo falta?

Porque não entendemos que estávamos sufocando?

Porque não falamos?

Porque?

Uma chuva interminável de inexplicáveis “porquês” toma conta de nossa mente e uma escuridão profunda e fria assume o lugar da luz brilhante, intensa e quente que iluminava nossa relação.

O lindo castelo deslumbrante, que vocês construíram com tanto denodo e carinho, preparado especialmente para receber os sonhos da princesa magnífica, que chegou de carruagem para o grande baile de felicidade do príncipe encantado, desmoronou em escombros poeirentos e doloridos.

O esplendoroso jardim onde vocês depositaram as suas sementes de esperança, está agora tomado por plantas e víboras, numa terra estéril para o bem, onde não trafegam mais os pássaros e borboletas da felicidade, e só resta espaço para as criaturas medonhas da tristeza e depressão.

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