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Caged: Brasil cria 394,9 mil vagas com carteira assinada em outubro, melhor resultado desde 1992

BRASÍLIA — O saldo entre contratações e demissões no mercado formal de trabalho no Brasil ficou positivo em 394.989  em outubro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia.

O resultado é o melhor desde 1992, início da série histórica da pesquisa, considerando todos os meses. O número veio melhor que o projetado por analistas do mercado financeiro, que previam abertura de 220 mil vagas.

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, é possível que o país feche o ano sem perdas de emprego, ou seja, número de contratações igual ao de demissões.

— Podemos terminar o ano tendo perdido zero empregos no mercado formal, quando em 2015 perdemos mais de 1,3 milhão empregos, em 2016 também, com recessões auto impostas — disse o ministro, que reforçou a projeção. — Se terminarmos o ano, o que é bastante possível, com zero perda de emprego no mercado formal, terá sido um ano histórico para a economia brasileira.

A projeção é melhor que a feita por Guedes na semana passada, quando ele previu que o país fecharia o ano com uma perda de 300 mil vagas.

Com o dado de outubro, o país completa quatro meses seguidos de geração líquida de postos de trabalho. O ritmo de contratações acelerou em relação ao registrado em setembro, quando 313,5 mil empregos com carteira foram criados, descontadas as dispensas.

Apesar da sequência de dados positivos, o saldo acumulado do ano ainda é de perda de 171.139 postos, número influenciado principalmente pelas demissões registradas entre abril e maio.

Em comunicado, o Ministério da Economia afirmou que o resultado até outubro, embora negativo, é melhor que os registrados em 2015 e em 2016, quando o país estava em recessão.

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Setor de serviços puxa resultado

O número de outubro foi puxado principalmente pelo setor de serviços. O segmento, que é o maior da economia brasileira, registrou saldo positivo de 156.766 empregos. O comércio respondeu pela segunda maior contribuição, com criação de 115.647 vagas.

Já a indústria registrou abertura de 86.426 empregos, seguida pelo setor de construção civil, com saldo positivo de 36.296 postos. Só a agricultura, que vinha apresentando números positivos até setembro, ficou no vermelho, com perdas de 120 vagas no mês.

Nas últimas declarações em público, Guedes, tem mencionado os dados do Caged para afirmar que a atividade econômica está passando por uma recuperação rápida, após os piores meses da crise econômica causada pelo surto do novo coronavírus.

As informações do cadastro, no entanto, refletem apenas o movimento no mercado formal de trabalho, com base em dados repassados pelas empresas ao governo. O balanço não capta a movimentação entre os informais.

Segundo os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, a taxa de desemprego bateu recorde e chegou a 14,4% no trimestre encerrado em agosto. De acordo com o levantamento, que considera trabalhadores por conta própria e sem carteira assinada, 13,8 milhões de brasileiros estão em busca de emprego.

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