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Brasil tem 644 mortes por Covid-19 na últimas 24 horas, indica boletim – Jornal O Globo

RIO — O Brasil registrou 35.686 novos casos e 644 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas. Desde o princípio da pandemia, foram confirmados 5.983.089 casos e 168.141 vidas perdidas, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Já a média móvel de mortes, também verificada pelo boletim, foi de 544. É o terceiro dia seguido acima de 500, após semanas mais baixa.  É um crescimento de 54% em relação a 14 dias atrás. A média móvel de casos ficou em 28.635, 77% acima do que há 14 dias.

No estado do Rio, nesta quinta-feira, foram registradas 108 mortes e 2.118 novos casos do novo coronavírus, e a média móvel de óbitos, na comparação com 14 dias atrás, teve um aumento de 152%, o que indica tendência de aumento no contágio da doença —  pelo terceiro dia seguido — , por estar muito acima dos 15%. Ao todo, são 334.514 infectados e 21.806 vidas perdidas desde o início da pandemia, em março, em território fluminense.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

As altas nas médias móveis podem ter sido influenciadas pelo represamento na divulgação dos dados por alguns estados, especialmente no número de mortes, que ocorreu entre os dias 6 e 10 de novembro.

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A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Treze estados estão com tendência de aumento nas mortes pela Covid-19: Amapá, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

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Quatro estão em estabilidade, além do Distrito Federal: Bahia, Ceará, Pará, Pernambuco.

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O boletim do Ministério da Saúde desta quinta-feira informou 606 novas mortes causadas por Covid-19 nas últimas 24h, totalizando 168.061 óbitos. Foram notificados 35.918 novos casos de coronavírus, elevando para 5.981.767 o número de infectados no país.

Tragédia epidemiológica

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) pediu uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para tratar do “enfrentamento da 2ª onda da Covid-19”. A entidade afirma, em ofício, que uma nova escalada de casos pode levar a uma “tragédia epidemiológica de proporções piores” do que a primeira expansão da doença no Brasil. Os secretários querem R$ 3 bilhões em recursos e 20 milhões de testes rápidos, com a materialização de uma estratégia de testagem ampla da população.

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“Qualquer expressão de negação do risco de uma nova expansão da doença em território nacional poderá levar a um cenário de tragédia epidemiológica de proporções piores aos vividos na primeira expansão de casos. As vidas perdidas até aqui para o coronavírus não podem ser ignoradas. A melhor resposta que o poder público pode dar, em nome do luto de milhares de famílias brasileiras, é uma ação à altura da situação gravíssima que temos”, afirma o presidente do Conass, Carlos Lula, no ofício em que pede a reunião com Pazuello.

Vacina

Já a potencial vacina contra Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido) produziu uma forte resposta imune em adultos mais velhos, mostraram dados publicados nesta quinta-feira, com os pesquisadores afirmando que esperam divulgar os resultados dos testes com a vacina em estágio avançado até o Natal.

Os dados, parcialmente divulgados no mês passado, mas publicados na íntegra na revista médica The Lancet nesta quinta, sugerem que pessoas com mais de 70 anos, que têm maior risco de ficarem graves ou morrerem da Covid-19, podem criar uma imunidade robusta.

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Nesta amanhã, o governo de São Paulo recebeu as primeiras 120 mil doses de outra vacina, a Coronavac, produzida pela empresa chinesa Sinovac. A vacina é testada e desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan.

As doses chegaram de avião no Aeroporto Internacional de Guarulhos e foram recebidas durante evento que contou com a presença do governador João Doria, do secretário de saúde, Jean Gorinchtey, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

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