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Bolsonaro: País que oferece vacina a outro deveria aplicar antes em sua população – Valor Econômico

1 de 1 — Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/Arquivo

— Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/Arquivo

O presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta segunda-feira que seu governo não tornará obrigatória a vacinação contra covid-19 e afirmou que os países que oferecem a imunização deveriam aplicá-la antes em sua população, a exemplo do que ocorre na indústria bélica.

“O Programa Nacional de Vacinação, incluindo as vacinas obrigatórias, é de [19]75. A lei atual incluiu a questão de pandemias lá, mas é bem clara”, afirmou Bolsonaro a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada. “Quem define isso é o Ministério da Saúde. O meu ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final”, acrescentou.

Fazendo referência ao governador de São Paulo, João Doria, o presidente afirmou que “tem um governador aí que está se intitulando o médico do Brasil, dizendo que a vacina será obrigatória. Repito que ela não será”, disse. “Tem que ter comprovação científica. O país que está oferecendo esta vacina primeiro tem que vacinar em massa os seus e depois oferecer para os outros países”, defendeu.

Bolsonaro citou como exemplo a comercialização de produtos bélicos que, segundo ele, só são exportados após testes no país de origem.

“Você só consegue vender um produto bélico para outro país se você usar no seu território e de forma comprovada mostrar sua eficácia”, argumentou.

Sem ser questionado sobre o assunto, Bolsonaro disse que teve dificuldade em manter o valor original do pagamento do auxílio emergencial.

“Eu sei que R$ 600 é pouco para quem recebe, mas é muito para o Brasil. Dá R$ 50 bi por mês. Tem que ter responsabilidade para usar a caneta BIC aí. Não dá pra ficar muito tempo mais com este auxílio porque o endividamento nosso é monstruoso. Mas o Brasil está saindo da crise, pelo que os números estão mostrando aí”, afirmou.

Também sem ser questionado, o presidente fez referência à reforma administrativa de Doria, considerada possível armadilha para aumento de impostos, chamando o projeto de “lamentável”.

“Teve um governador aí que aumentou impostos, de São Paulo. Impressionante. A colaboração dele para a pandemia foi essa. Lamentável”, finalizou.

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