quinta-feira, maio 2Notícias Importantes
Shadow

Biografia Missionária: Helen Roseveare

Na metade do século XX, a necessidade vital da inclusão de mulheres nas missões era um fato aceito e praticamente nenhuma área do mundo deixara de ser penetrada por essas enérgicas pioneiras. “A missionária solteira permaneceu durante décadas como uma cidadã de segunda classe da missão”.¹ Esse foi o caso da talentosa e eficiente Helen Roseveare, médica-missionária no Congo, cujo papel de mulher criou não só conflitos íntimos como também dificuldades com os colegas missionários e nativos.

Helen Roseveare que nasceu na Inglaterra em 1925, no seio de uma família orgulhosa e respeitada em Cornwall por muitas gerações. Seu pai fora nomeado cavaleiro por seu serviço patriótico durante a guerra, era um renomado matemático, grandemente interessado na educação de seus filhos.

Aos doze anos Helen passou a frequentar uma escola exclusiva para meninas e depois partiu para Cambridge onde formou-se em medicina. Foi ali que ela passou pela experiência de conversão que a fez afastar-se de sua fé anglo-católica e juntar-se às fileiras do evangelismo.

Os irmãos do pai e a irmã da mãe de Helen, haviam servido como missionários e desde a infância ela desejara ser também missionária. Esse dia dia chegou em 1953, quando navegou para o Congo a fim de servir ali com a Cruzada de Evangelização Mundial.

Ela imediatamente compreendeu que os conceitos tradicionais da medicina missionária nem sequer começariam a resolver os sérios problemas de saúde ao seu redor. Em lugar de estabelecer um centro médico regional onde um clínico trabalhasse em tempo integral, dia e noite, e mesmo assim não conseguisse satisfazer as necessidades dos doentes, ela planejou um centro preparatório onde enfermeiras aprendessem a bíblia e medicina básica, sendo depois enviadas de volta às suas cidades a fim de tratar dos casos de rotina, ensinar cuidados médicos preventivos e servir como evangelista leigas. O plano era de longo alcance, mas desde o início Helen foi bloqueada em todas as frentes por seus colegas que acreditavam que uma missão não devia envolver-se no preparo de nativos em terrenos como o da medicina.

Por Ronaldo Lidório
Foto: WEC UK

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?