Biden assina 4 ordens executivas para combater racismo nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou, nesta terça-feira (26), quatro ordens executivas para combater o racismo no país.
O racismo estrutural, infelizmente, não pode ser exterminado com uma canetada. Mas o reconhecimento dele é o primeiro passo. Ao lado de Kamala Harris, a primeira vice-presidente negra dos Estados Unidos, o presidente disse que milhões de americanos e milhões de pessoas ao redor do mundo abriram os olhos para o problema.
Joe Biden lembrou o exato momento em que isso aconteceu: quando um policial imobilizou um homem negro, desarmado, por mais de oito minutos com o joelho no pescoço dele. Para o presidente, um “joelho no pescoço da justiça”.
Foi o assassinato de George Floyd que impulsionou meses de protestos nos Estados Unidos: o maior movimento popular da história do país. Biden lembrou que a filha de Floyd, Gianna, de seis anos, disse: “Papai mudou o mundo”.
Joe Biden mudou quatro pilares do governo americano com quatro decretos. O primeiro determina que o Departamento de Habitação implemente políticas não discriminatórias; o segundo ordena a eliminação dos presídios privados; outro aumenta a soberania das tribos nativo-americanas; e o último pede o combate à xenofobia contra americanos de origem asiática.
O racismo existe há muito mais tempo que a pandemia. Mas a pandemia deixou o racismo mais visível ainda. Nos Estados Unidos, um em cada 10 negros está desempregado; um em cada quatro negros não tem comida suficiente; e negros e latinos correm o risco três vezes maior de morrer de Covid-19.
Biden disse: “O racismo é corrosivo, destrutivo e custa caro”.