A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou, na noite desta terça-feira (11/05), que suspenderá a vacinação de gestantes e puérperas sem comorbidades acima dos 40 anos, que seria realizada nesta quarta-feira (12/05). De acordo com o Executivo municipal, a decisão foi tomada de acordo com orientações do Ministério da Saúde.
Mais cedo, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) recomendou a suspensão imediata no estado da aplicação em gestantes da vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
A decisão do estado é baseada na recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nessa segunda-feira (10/05), mesmo não sendo registrado eventos adversos com grávidas imunizadas com doses da vacina AstraZeneca em Minas Gerais.
No Brasil, o imunizante é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com a agência reguladora, a orientação é resultado do monitoramento de efeitos adversos da vacina.
“A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI)”, diz a nota enviada à imprensa. A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual.
Vacinação segue para outros públicos
Ainda segundo a PBH, a vacinação nesta quarta-feira seguirá normalmente em pessoas com comorbidades de 50, 51 e 52 anos completos até 31 de maio.
“Conforme cronograma anteriormente divulgado pela prefeitura, podem se vacinar, no momento, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) com comorbidades a partir de 18 anos completos até 31 de maio. Para se vacinar, é necessário ter preenchido o cadastro no portal até o dia 3 de maio, até 23h59”, disse, em nota, a PBH.
Estados anunciam suspensão
De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, o ministério investiga a morte de uma mulher no Rio de Janeiro, vacinada com esse imunizante.
A Secretaria de Saúde do município do Rio informou que decidiu suspender, “por precaução”, a vacinação de gestantes e puérperas da capital, “até que a investigação do caso de evento adverso em gestante seja concluída pelo Ministério da Saúde, e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) se pronuncie”.
O estado de São Paulo também suspendeu a vacinação de gestantes com comorbidades, prevista para começar nesta terça-feira, após recomendação da Anvisa.
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