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Aspirante a oficial do Exército é o 3º a morrer em salto particular de paraquedas em Boituva

Os outros acidentes ocorreram em 13 de novembro, com a morte do militar aposentado João Marcelino Manassi, 65 anos, e em 25 de outubro, quando o atleta Leandro Torelli, 33 anos, também morreu após salto.

O Ministério Público em Boituva informou que não existe investigação sobre o Centro Nacional de Paraquedismo, local onde os saltos particulares ocorrem com diferentes empresas. Mas o que se tem verificado é que os acidentes aconteceram com atletas que geralmente desrespeitam as regras dos códigos desportivos, fazendo manobras arriscadas.

O MP ainda informou que “está acompanhando os casos e aguardando as investigações da Polícia Civil e que, se apurada alguma responsabilidade, medidas serão tomadas, porém, somente depois das conclusões das investigações”.

A Promotoria de Justiça ainda disse que expediu uma recomendação a todas as associações do Centro Nacional de Paraquedismo para que só realizem saltos duplos com maiores de 14 anos.

A Prefeitura de Boituva informou que, caso a investigação da Polícia Civil aponte irregularidade no Centro Nacional de Paraquedismo, medidas cabíveis serão tomadas, mas não destacou quais ações podem ser adotadas.

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O presidente da Associação Nacional de Paraquedismo de Boituva, Rodrigo de Castilho, disse que, de acordo com as informações iniciais sobre o acidente com o militar nesta quinta-feira, houve um problema no paraquedas principal. O de emergência foi acionado, mas o principal não havia sido desconectado, o que teria causado o acidente.

Ainda segundo Castilho, Felipe era atleta de paraquedismo, mas com pouca experiência. Todo o equipamento usado por ele teria sido trazido pelos instrutores que vieram com ele de Resende para esse curso particular. O equipamento usado foi apreendido e vai passar por perícia.

3 mortes em 2 meses

Centro Nacional de Paraquedismo, em Boituva (SP) — Foto: Douglas Belan/TV TEM/Arquivo
Centro Nacional de Paraquedismo, em Boituva (SP) — Foto: Douglas Belan/TV TEM/Arquivo

A morte mais recente foi de Felipe Carlos dos Reis, na quinta-feira, no Centro Nacional de Paraquedismo. Ele se formou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) cinco dias antes do acidente.

O aspirante a oficial do Exército foi um dos mais de 440 cadetes que participaram da celebração de formatura no último sábado (5), em Resende (RJ). O evento teve a participação do presidente Jair Bolsonaro.

Felipe era aspirante a oficial de infantaria. Ele saiu de Resende (RJ), com um instrutor e equipamentos, para fazer um curso particular de salto de paraquedas no CNP, em Boituva. O equipamento usado foi apreendido e vai passar por perícia.

De acordo com informações da Polícia Civil, durante o salto, houve um problema com o paraquedas principal de Felipe, que acionou o reserva, mas por conta da velocidade acelerada e descontrolada a queda não foi amortecida.

Felipe foi socorrido e levado ao Hospital São Luiz, em Boituva, mas não resistiu aos ferimentos.

João Marcelino Manassi morreu após saltar de paraquedas em Boituva (SP) — Foto: Reprodução/Facebook
João Marcelino Manassi morreu após saltar de paraquedas em Boituva (SP) — Foto: Reprodução/Facebook

No dia 13 de novembro, o soldado aposentado João Marcelino Manassi, de 65 anos, morreu depois de um salto de paraquedas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, João saltou sozinho e ficou ferido após cair em uma área de pasto durante um pouso malsucedido.

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