No sábado 22, o Ministério da Saúde publicou uma nota com as razões para não ter adquirido as vacinas contra o coronavírus produzidas pela Pfizer. O imunizante tem eficiência atestada por agências internacionais em 95%. Entre os motivos, estão as exigências feitas pela empresa para se blindar de eventuais processos judiciais em decorrência de efeitos colaterais do produto.
A nota foi divulgada horas depois que uma carta atribuída ao presidente da companhia, Alberto Bourla, começou a circular na imprensa brasileira. Através dela, em setembro, a Pfizer teria ofertado ao governo brasileiro a possibilidade de compra da vacina.
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A publicação do ministério afirma ainda que a farmacêutica exigiu a renúncia do país de seus ativos no exterior, a formação de um fundo garantidor para suprir eventuais indenizações geradas por demandas judiciais e a não aplicação da legislação brasileira contra o produto da Pfizer. As dificuldades para o acondicionamento do imunizante — que precisa ser mantido entre -70°C e -80°C —, a disposição de um lote pequeno diante do contingente populacional do país e a imposição de prazos flexíveis para a entrega também pesaram na decisão do governo.