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“Apenas diplomacia não dá, tem que ter pólvora”, diz Bolsonaro sobre soberania da Amazônia – Valor Econômico

O presidente Jair Bolsonaro ironizou o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, que ameaçou impor sanções ao Brasil por conta da devastação na Amazônia. Declarado vencedor da eleição americana, Biden foi chamado por Bolsonaro de “grande candidato a chefia de Estado”.

Na sequência, dirigindo-se ao chanceler Ernesto Araújo durante evento no Palácio do Planalto, afirmou: “Assistimos, há pouco, um grande candidato a chefia de Estado dizendo que se eu não apagar o fogo da Amazônia ele vai levantar barreiras comerciais contra o Brasil. Como é que nós vamos fazer frente a tudo isso?”

Bolsonaro então repetiu uma frase já utilizada para ele no passado para dizer que a diplomacia não é suficiente para defender a soberania do país sobre a Amazônia: “Apenas pela diplomacia não dá. Depois que acabar a saliva, tem que ter pólvora. Não precisa nem usar a pólvora, tem que saber que tem.”

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Bolsonaro discursa em evento no Palácio do Planalto — Foto: Reprodução / TV Brasil

Bolsonaro discursa em evento no Palácio do Planalto — Foto: Reprodução / TV Brasil

O presidente afirmou ainda que “ninguém tem o que nós temos”, em referência aos recursos naturais da Amazônia, que ele já disse reiteradas vezes ser alvo da cobiça internacional.

“Temos que nos fortalecer. E como nos fortalecer? Liberando a economia, livre mercado. Dando liberdade para quem quer trabalhar, não enchendo o saco de quem quer produzir”, afirmou.

Bolsonaro ainda não cumprimentou Biden pela vitória, que é contestada pelo presidente Donald Trump, aliado do brasileiro.

Derrotado, Trump aponta “fraude” nas eleições em Estados onde perdeu a votação, mas sem apresentar provas ou qualquer evidência que sustente suas afirmações. No governo brasileiro, a postura é de não reconhecer a vitória de Biden e agir como se a situação eleitoral nos EUA estivesse indefinida.

A exemplo de Trump e a cinco dias das eleições municipais no Brasil, Bolsonaro voltou a dizer, também sem provas, que o sistema eleitoral do Brasil é passível de fraudes: “Não temos um sistema de votações sólido no Brasil, passível de fraudes. E tudo pode mudar no futuro, com fraude. Eu entendo que só fui eleito porque tive muito voto”.

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