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Angola: Justiça decreta fechamento de templos da IURD

Bolsonaro tem o bispo Edir Macedo como um de seus maiores aliados no segmento evangélico. (Foto: Reprodução)

ANGOLA – De acordo com a agência, uma fonte policial lhe disse que, por ordem do Ministério Público angolano, todos os templos da IURD no país serão fechados, mas que o processo se dará “de forma gradual”.

A Universal se disse “surpresa” com a ordem de fechamento dos templos. Segundo a IURD, ocorriam cultos nos locais quando os oficiais angolanos chegaram ordenando o fechamento dos templos.

Em agosto, sete templos da Igreja Universal foram fechados a mando da Justiça na capital Luanda. As medidas são fruto de uma investigação iniciada no final de 2019 que apura se a instituição comandada pelo bispo brasileiro Edir Macedo cometeu irregularidades, que vão desde discriminação racial e imposição de vasectomia a evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Divergências vêm desde 2019 –  Os pastores angolanos da Universal romperam, em novembro do ano passado, com a representação brasileira em Angola, encabeçada pelo bispo Honorilton Gonçalves.

Eles alegam práticas doutrinais contrárias à religião, como a exigência da realização de vasectomia e da castração química, além de evasão de divisas para o exterior.

Em entrevista à RFI, o pastor angolano Silva Matias afirmou que a ruptura aconteceu porque “muitos crimes e muitas irregularidades têm sido cometidos pela liderança brasileira”.

Entre as denúncias, Matias cita o racismo por parte dos membros da instituição no Brasil, entre eles, o bispo Edir Macedo. “Em uma reunião fechada, uma conferência que ele fez conosco, ele disse que nós, pretos, temos essa aparência porque nossos ancestrais, nossas mães, quando concebiam, tinham muito contato com macacos. Isso foi uma tremenda aberração e uma autêntica falta de respeito, vindo dessa pessoa que é líder fundador da igreja”, afirma.

Intervenção de Bolsonaro  – Em julho,  Jair Bolsonaro se envolveu pessoalmente na questão, ao enviar uma carta ao presidente de Angola, João Manuel Lourenço, manifestando “preocupação” com os “recentes episódios” pedindo uma proteção maior aos membros brasileiros da igreja, “a fim de garantir sua integridade física material e a restituição de propriedades e moradias”.



            

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