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3 Tipos de Interações do Reino (Nem Todas São Evangelismo)

Estava sentada em uma classe multi-geracional da escola dominical quando o professor nos pediu para levantarmos as mãos se tivéssemos “evangelizado” recentemente. Muitas mãos se levantaram na sala. Fiquei muito feliz — e surpresa — ao pensar que estava cercada por pessoas que compartilhavam sua fé com tanto fervor e frequência.

Mas quando as pessoas começaram a compartilhar seus exemplos, percebi que nem todos temos a mesma compreensão da palavra evangelismo.

Eis o que ouvi naquela sala:

  • Levei uma refeição a um abrigo para pessoas sem-teto.
  • Disse à uma balconista que oraria por ela.
  • Convidei meu vizinho para a programação de Natal da nossa igreja.
  • Ajudo crianças em situação vulnerável em seus estudos.
  • Publico artigos cristãos e versículos da Bíblia nas redes sociais.

Cada uma dessas coisas é boa. Mas, se pensamos que tudo é evangelismo, podemos não estar realmente evangelizando. Considero útil diferenciar três tipos de interações: boas ações, divulgação e evangelismo. Compreender as diferenças entre estas interações nos ajudará a fazer cada uma delas para a glória de Deus e nos permitirá fazer da proclamação das boas novas de Cristo o nosso objetivo final.

Faça o Bem

Quando preparamos uma refeição para um abrigo ou para um amigo, quando apanhamos o lixo ao longo da estrada, quando incentivamos o atendente do supermercado, quando oferecemos conselhos sábios ou quando cuidamos do quintal ou animal de estimação de um vizinho, estamos fazendo o bem — e isto é bom! Estas boas obras não nos salvam (Ef 2.8-9), mas são o fruto — ou evidência — de nossa salvação. A verdadeira fé sempre resulta em boas obras (Tiago 2.17).

As Escrituras dizem que nossas boas obras servem a muitos propósitos. Elas dão testemunho visível de nossa própria salvação (Ef 2.10; 1Tm 2.10), podem fazer com que os incrédulos glorifiquem a Deus (Mt 5.16; 1Pe 2.12) e dão testemunho do caráter de Deus, mostrando ao mundo ao redor como ele é: generoso, gentil, compassivo e hospitaleiro. Portanto, “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb 10.24). É bom e correto fazê-las.

Divulgação

Outras interações — do tipo que constroem relacionamentos sustentáveis e contínuos — são interações de divulgação. Se você desse aulas particulares ao mesmo aluno semanalmente por um longo período de tempo, construiria um relacionamento contínuo com aquele aluno.

Se você não apenas convidasse sua colega de trabalho para a programação de Natal da sua igreja, mas também começasse a tomar café com ela várias vezes por mês, construiria um relacionamento duradouro. Iniciar um clube do livro que se reúne uma vez por mês ou caminhar com um vizinho algumas manhãs por semana — qualquer coisa que faça você cultivar um relacionamento real com alguém fora da igreja — são exemplos de divulgação.

Tenho uma amiga que se faz presente fielmente em seu bairro há mais de duas décadas. Ela leva refeições aos doentes, leva os idosos às consultas médicas, caminha com os fisicamente ativos, convida os solitários a tomarem café na varanda dos fundos e cuida dos animais e plantas daqueles que estão de rias. Ela também organiza um café da manhã anual no Natal, quando compartilha uma breve mensagem sobre Jesus.

Como resultado, quando ocorre uma crise ou alguém está sofrendo, as pessoas no bairro da minha amiga sabem duas coisas: minha amiga se preocupa com eles e ela conhece a Jesus. Então, quem eles chamam? Chamam a ela. Ela investiu seu tempo para construir relacionamentos reais.

Proclamar a Jesus

O terceiro tipo de interação é o evangelismo. Diferentemente das outras duas categorias, isto requer uma apresentação clara do evangelho. O evangelismo requer palavras tais como Jesus, pecado, cruz, perdão, ressurreição e vida — e o evangelismo explica como tais palavras se relacionam com o bem eterno das pessoas.

Se a divulgação constrói uma ponte através de relacionamentos, o evangelismo atravessa esta ponte no momento certo, com os detalhes da mensagem do evangelho. Quando você passa um tempo conhecendo alguém, é mais capaz de saber quando esta pessoa pode estar pronta para ouvir as boas novas de Jesus Cristo.

Vou tomar minha amiga novamente como exemplo. Por conhecer e amar seus vizinhos, ela sabe quando compartilhar verdades espirituais específicas com eles. Ela foi capaz de falar a amigos enlutados sobre o Deus que conforta, a amigos doentes sobre o Deus que cura, a amigos cansados sobre o Deus que dá descanso e a amigos rebeldes sobre o Deus que busca, perdoa e redime. Ela jamais se esquece de que, embora seus amigos e vizinhos apreciem sua bondade e amizade, a maior necessidade deles é de conhecer a Jesus.

Olhe à sua volta e veja a quem você pode servir através de suas boas obras. Ore para que vejam o caráter de Deus como você vê. Aproveite o tempo para construir relacionamentos duradouros — invista nas pessoas a longo prazo. E, quando o Senhor abrir a porta, entre por ela com ousadia com a mensagem do evangelho que transforma vidas.

Traduzido por Abner Arrais

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