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11 escolas no estado de SP já paralisaram temporariamente as aulas por causa do coronavírus – G1

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Volta às aulas deve acontecer em 18 de fevereiro em Ponta Grossa, de forma híbrida — Foto: Unplash/Divulgação

Volta às aulas deve acontecer em 18 de fevereiro em Ponta Grossa, de forma híbrida — Foto: Unplash/Divulgação

Pelo menos 11 escolas públicas e privadas do estado de São Paulo já tiveram que paralisar as aulas temporariamente por causa de casos confirmados de coronavírus desde a retomada das atividades presenciais, segundo levantamento feito pela GloboNews junto à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de SP (SIEEESP).

Do total de escolas que estão paralisadas, sete são unidades de ensino estaduais e quatro são particulares.

De acordo com o presidente da SIEEESP, das escolas particulares paralisadas, três estão na cidade de Campinas e uma na capital paulista.

Das sete unidades estaduais, uma já retornou às atividades e seis escolas ainda estão fechadas e sendo monitoradas pelo governo do estado de SP, segundo a secretaria de Educação.

O órgão destaca que as escolas que fecharam por causa de casos da doença significam menos de 0,2% do total de unidades que retomaram as atividades no estado no início da semana.

Reabertura

As escolas da rede estadual de ensino de São Paulo retornaram as atividades presenciais na última segunda-feira (8), quando cerca de 88% das 5.300 estados reabriram para os alunos com até 35% da capacidade das salas de aula.

Segundo a secretaria, 4,5 mil unidades de ensino já reabriram, três escolas permaneceram fechadas por causa de reformas não concluídas a tempo e 800 não retomaram as atividades por conta de decretos municipais.

Nessas escolas fechadas as aulas estão sendo ministradas remotamente, por meio da internet e das teleaulas, afirma o governo de SP.

Após quase um ano, alunos retornam às aulas presenciais na rede pública de SP
Após quase um ano, alunos retornam às aulas presenciais na rede pública de SP

3 min Após quase um ano, alunos retornam às aulas presenciais na rede pública de SP

Após quase um ano, alunos retornam às aulas presenciais na rede pública de SP

Para muitos alunos, o ano letivo que começa vai ser parecido com o que experimentaram no final de 2020: o ensino híbrido, com parte das aulas em casa pela internet e parte nas salas de aula. Por enquanto, o limite determinado pelo governo em São Paulo é de 35% dos alunos presentes por dia nas escolas.

Na rede particular, o governo paulista liberou o retorno a partir do dia 1°. Na rede pública municipal da capital paulista, a prefeitura determinou a volta às aulas para o dia 15 de fevereiro. Cada município tem autonomia para determinar a volta.

Greve dos professores

O sindicato que representa os professores do estado começou uma greve nesta segunda (8) e condicionou a volta às aulas presenciais à vacinação da categoria. Segundo a APEOESP, 15% dos professores aderiram à greve.

“A pandemia não está reduzindo, ela está aumentando. Mesmo que diga que está em estabilidade, a estabilidade está alta e isso nos preocupa porque escola é um espaço de aglomeração”, afirma Bebel Noronha, presidente da Apeoesp

“Nós não queremos as aulas presenciais. Nós queremos dialogar com os pais dos alunos e nós nos submetemos até no teletrabalho, nós nos submetemos às aulas virtuais, mas nós não queremos trabalhar presencialmente por conta de ter a possibilidade de ser acometido pelo coronavírus”, completa.

A secretaria estadual da Educação alega que a adesão à greve foi baixa e que não atrapalhou a retomada. Em relação à reivindicação do sindicato, o secretário Rossieli Soares diz que os professores serão vacinados nas próximas etapas.

“Não dá pra atrelar [a volta às aulas] à vacinação, mas nós não podemos abrir mão de termos as escolas fechadas e se tiver qualquer medida necessária, nós tomaremos. Se o sindicato quiser sentar pra conversar e negociar, deve ser numa base de como deve ser o retorno seguro, e não condicionada somente à vacinação”, afirma.

Ensino híbrido

O ensino público estadual possui cerca de 3,3 milhões de alunos. As escolas estão autorizadas a funcionar de forma híbrida, com parte do ensino virtual e parte na escola novamente.

A retomada será gradativa, em esquema de rodízio entre os alunos, com 35% dos estudantes presentes a cada dia, segundo a secretaria estadual da Educação.

A regra vale para todas as cidades do estado que estão nas fases vermelha e laranja do Plano SP de flexibilização. Nas cidades que estão atualmente na fase amarela, como é o caso da capital e da Grande SP, a capacidade total é de até 70% dos estudantes.

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Alunos chegam para a abertura dos portões da Escola Brigadeiro Gavião Peixoto, localizada no bairro de Perus, na manhã desta segunda-feira (8) — Foto: Roberto Costa/Código19/Estadão Conteúdo

Alunos chegam para a abertura dos portões da Escola Brigadeiro Gavião Peixoto, localizada no bairro de Perus, na manhã desta segunda-feira (8) — Foto: Roberto Costa/Código19/Estadão Conteúdo

Decisão dos pais

A decisão final a respeito da participação de cada aluno nas atividades presenciais cabe às famílias, segundo o governo e as autoridades judiciais do estado, que autorizaram o retorno.

“Cada unidade escolar poderá definir como irá realizar o rodízio de alunos e suas atividades presenciais e remotas. A carga horária também poderá ser adaptada para o cumprimento das normas. Por isso é importante que pais, responsáveis ou alunos maiores de 18 anos entrem em contato com a sua escola para saber os dias e horários em que poderão ir presencialmente na unidade. Os alunos que não puderem acompanhar as aulas nas escolas, devem fazer via Centro de Mídias SP, remotamente”, afirmou um comunicado da secretaria.

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Movimentação de alunos e professores na Escola Estadual Raul Antônio Fragoso, na Vila Pirituba, Zona Norte de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (8) — Foto: Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Movimentação de alunos e professores na Escola Estadual Raul Antônio Fragoso, na Vila Pirituba, Zona Norte de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (8) — Foto: Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Histórico

Devido à pandemia de Covid-19, as aulas regulares presenciais foram suspensas em março, quando foi implantada a quarentena para prevenir a propagação do coronavírus.

O governo autorizou o retorno em outubro, mas deu às prefeituras autonomia para decidir se deveriam ou não liberar a volta. A volta às aulas presenciais na rede estadual acabou acontecendo em setembro, com a adesão de aproximadamente 30% das escolas, de acordo com o governo do estado.

Ao final do ano letivo de 2020, o governo de São Paulo anunciou o retorno das aulas presenciais da rede básica de ensino em 2021 mesmo se o estado registrasse piora na pandemia de coronavírus. O calendário escolar teve início previsto para 1º de fevereiro.

Ao menos 14 cidades da região metropolitana decidiram não acompanhar a orientação do governo do estado. Além disso, com o aumento de casos e mortes por coronavírus no estado, o governo decidiu endurecer a quarentena, adiar o início das aulas para esta segunda-feira e suspender a obrigatoriedade do retorno presencial nas regiões nas fases laranja e vermelha do Plano São Paulo.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) considerou a medida insuficiente diante da pandemia, recorreu à Justiça para suspender o retorno presencial e foi atendido em primeira instância.

O governo do estado recorreu e o Tribunal de Justiça liberou o retorno às aulas presenciais nas escolas públicas e privadas do estado. A decisão do próprio presidente do TJ, Geraldo Francisco Pinheiro Franco, autorizou a retomada inclusive nas cidades com fases mais restritivas do plano estadual.

Veja, abaixo o calendário de retorno das aulas em SP:

  • rede estadual – 8 de fevereiro;
  • rede municipal – retornam em 15 de fevereiro na capital paulista; nos demais municípios, a retomada pode acontecer a partir deste 8 de fevereiro;
  • rede particular – as instituições foram autorizadas a retomar as atividades em 1º de fevereiro, mas a decisão fica a critério de cada escola.

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