OTPB – Ordem dos Teólogos e Pastores do Brasil

Associações criticam aumento de restrições em São Paulo

Entidades afirmam que vão cumprir os novos protocolos, mas acreditam que serão ineficazes

Movimentação no centro de Campinas (SP) | Foto: Wagner Souza/Futura Press/Estadão Conteúdo

A regressão do Estado de São Paulo para a fase amarela do plano de contenção da covid-19 foi criticada pelas associações comerciais. As entidades afirmam que vão cumprir os novos protocolos, mas acreditam que serão ineficazes.

A Fecomercio-SP vê a decisão como um custo para o empresário sem que ocorra um benefício da redução da contaminação.

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“Qual a diferença de abrir 10 ou 12 horas? O consumidor, se tiver 4, 8 ou 12 horas para fazer compra, ele vai se concentrar. Ou seja, com a restrição, corre-se o risco de haver mais aglomeração”, opinou Fabio Pina, assessor econômico da Fecomercio-SP.

Percival Maricato, presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), foi na mesma linha.

“Ao meu ver, o governo não tem controle sobre uma parte da sociedade. Nos bares a gente vê aglomeração só fora, de gente que não consegue entrar. Até propusemos que liberassem mesas na calçada para reduzir a aglomeração. Agora reduzir em 40% vai aumentar a aglomeração. A medida não foi correta e é uma espécie de resposta para atender à pressão da sociedade”, garantiu Maricato.

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) também discordou dos critérios.

“A entidade acredita que esse tipo de atitude não se justifica, já que o varejo não está entre os lugares onde há mais contaminação da doença. A entidade também entende que esse tipo de medida pode causar mais fechamento de lojas, porque o comerciante ainda se recupera do primeiro impacto da pandemia.”

A Abrasce, que responde pelos shoppings, informou que cumprirá os protocolos, mas “reforça que manterá o diálogo com o Poder Público em busca de uma operação mais justa”. Ainda, acrescentou que “a alta no número de internações por covid-19 foi impulsionada por outros setores que não investiram na criação e manutenção de protocolos de segurança”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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