Político elogiou decisão que determinou a libertação de André do Rap, líder do PCC condenado por tráfico de drigas
Ao menos um integrante da política partidária defendeu publicamente a decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), em libertar o traficante André do Rap, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com um candidato do Partido Novo, tal questão nem deveria ser punida criminalmente.
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“Tráfico nem devia ser crime”, afirmou Marcelo Castro, por meio de publicação em seu perfil no Twitter na noite de ontem. “A lei é clara: prisão preventiva por mais de 90 dias tem que ser fundamentada. Não foi. Acerta MAM [Marco Aurélio Mello]“, analisou o administrador de 31 anos que busca estrear na vida pública. Ele é candidato a vereador de São Paulo.
O tal do “André do Rap” tava preso temporariamente há um ano.
A lei é clara: prisão preventiva por mais de 90 dias tem que ser fundamentada. Não foi. Acerta MAM.
Ademais, o cara foi preso por tráfico, não por assassinato ou latrocínio.
Tráfico nem devia ser crime.
— Marcelo Castro (@marcelocastrott) October 12, 2020
Com a repercussão do posicionamento favorável a André do Rap, criminoso foragido da Justiça brasileira, Castrou voltou à rede social ontem à noite e na tarde de hoje na tentativa de se explicar. Primeiramente, afirmou não ter ciência de que o bandido em questão era “chefão do PCC”. Depois, garantiu não ter defendido a facção criminosa. Por fim, voltou a indicar que o tráfico de drogas não deveria ser considerado crime.
Muita gente falando que o tal do “André do Rap” era um chefão do PCC.
Eu não sabia. Com esse nome, achei que era vendedor de droga de baile funk.
Vi as matérias agora, parece grave. Neste caso, há claro risco à garantia da ordem pública.
Me retrato pelo tuíte anterior.
— Marcelo Castro (@marcelocastrott) October 13, 2020
Foi apenas isso que tentei dizer nos tweets anteriores, mas não fui bem compreendido e, como foi por muita gente, fica óbvio que a falha na comunicação foi minha.
Faço a mea culpa.
Aproveito ainda para agradecer o debate vibrante, acho isso essencial numa democracia.
— Marcelo Castro (@marcelocastrott) October 13, 2020
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