O populismo pobre da Argentina
A cada dez anos, a Argentina recua 20 casas no tabuleiro. Parece incapaz de aprender com os próprios erros. Num contexto de economia globalizada, a opção por um governo de esquerda, defensor de um Estado grande e dirigista, e marcadamente refratário ao setor privado cravou o caminho da autodestruição.
Como num tango de Carlos Gardel, o país balança de lado a lado há décadas, mas o “peronismo” – que parece ser um vício sem fim na história da Argentina – impede que uma das principais economias da América Latina até a virada dos anos 2000 descubra um rumo. E o cenário só piorou com a adoção de uma das quarentenas mais rigorosas do mundo. Nas ruas da capital, Buenos Aires, que um dia já foi apelidada de a Paris latina, o clima é de desolação. Os tradicionais cafés, os bares e restaurantes conc...