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Sucessão na Câmara cria ‘racha’ no MBL

Congresso Nacional
Fachada do Congresso Nacional | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

As principais lideranças do MBL estão divergindo publicamente sobre quem deve ser o próximo presidente da Câmara dos Deputados.

O vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM) apoia Marcel van Hattem, do Novo, e argumenta que ele é a melhor alternativa: “Qualquer candidatura do centrão representa tudo o que sempre combatemos”.

Leia mais: “DEM se divide e bancada baiana apoia Arthur Lira”

“Se eu fosse deputado federal meu voto seria Marcel”, tuitou Holiday, em 19 de janeiro.

Um tema em especial tem gerado críticas de outros integrantes do movimento a Van Hattem: a abertura de um eventual processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

Ao contrário dos deputados Kim Kataguiri e Arthur do Val, o candidato do Novo tem dito que não há crime de responsabilidade nos pedidos apresentados até agora e que impedimento deve ser apenas “em último caso”.

O MBL, que tem integrantes em vários partidos, pressiona pela abertura de impeachment e Marcel van Hattem está sendo criticado por parte do movimento por não embarcar na ideia.

“Tenha sabedoria para escolher seu caminho nesta encruzilhada. Bolsonaro nos quer, todos, rens de seu projeto autoritário. Você também será usado e cuspido. Te aguardamos no lado certo da história”, disse o perfil oficial do MBL a van Hattem.

O candidato do Novo, inclusive, esteve na fundação do MBL.

O coordenador nacional do movimento, Renan Santos, compartilhou nas redes sociais uma declaração de Marcel van Hattem de que impeachment sem crime de responsabilidade é tumulto na democracia” e ironizou: “Partido Novo”.

Integrantes do MBL têm sinalizado apoio já no primeiro turno ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP), candidato de Maia e do PT, que disputa contra Arthur Lira (PP-AL), nome apoiado pelo Palácio do Planalto.

Em entrevista ao “Opinião no Ar”, da RedeTV, nesta terça-feira, 26, o candidato do Novo afirmou que a questão do impeachment está contaminando o debate. Ele disse que divergência é normal entre os liberais, mas é importante convergir na busca do que é “melhor para o Brasil”.

Partido Novo

Integrantes do Novo também estão divergindo sobre a questão de impeachment. Enquanto Marcel van Hattem e o deputado Paulo Ganime (RJ), por exemplo, têm postura moderada, João Amoêdo, um dos fundadores do partido, diz que “não faltam crimes”.

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