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Senado da Argentina legaliza o aborto no país

Em meio ao surto de covid-19, passa a valer a interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação

senado da argentina

Do lado de fora do parlamento, feministas e outros movimentos de extrema esquerda comemoraram
Foto: Divulgação/Instagram/Alberto Fernández

Por 38 votos a favor, 29 contra e uma abstenção, o Senado da Argentina aprovou na madrugada desta quarta-feira, 30, o aborto no país. A partir de agora, as mulheres poderão interromper a gravidez até a 14ª semana de gestação. Depois desse período, só será permitido em casos de “risco de vida para a gestante ou quando a concepção é fruto de um estupro”. O texto prevê que os médicos contra o aborto não são obrigados a executar o procedimento, mas os serviços de saúde precisam apontar outro profissional disposto a fazê-lo. Se a paciente tiver menos de 16 anos, precisará de consentimento dos pais. A sessão de votos foi comandada pela líder da Casa, Cristina Kirchner.

A medida é de autoria do presidente peronista Alberto Fernández, que celebrou nas redes sociais a chancela concedida pelos parlamentares do Congresso. “O aborto seguro, legal e gratuito é lei. Hoje, somos uma sociedade melhor, que amplia os direitos das mulheres e garante a saúde pública”, escreveu o chefe do Executivo, no Twitter. Do lado de fora do parlamento, feministas e outros movimentos de extrema esquerda comemoraram a decisão. Conservadores prometeram reagir. Em 2018, ainda no governo Macri, uma proposta semelhante passou na Câmara dos Deputados, mas acabou rejeitada no Senado da Argentina, liderado pela então vice-presidente, Gabriela Michetti.

Leia também: “O populismo pobre da Argentina”, reportagem publicada na edição n° 30 da Revista Oeste

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