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Sem citar Bolsonaro, Fachin diz que quem está ‘interessado na democracia não incita desobediência’ quanto ao resultado das eleições – Globo

Fachin diz que quem está 'interessado na democracia não incita desobediência'

Fachin diz que quem está ‘interessado na democracia não incita desobediência’

O ministro Luiz Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou que “quem está interessado na democracia, não incita desobediência quanto ao resultado das eleições”. A declaração foi dada em evento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba, nesta sexta-feira (29).

A fala do ministro, que acontece dois dias após o presidente Jair Bolsonaro fazer ataques às eleições deste ano, foi resposta a um questionamento feito a ele em coletiva sobre a quem interessaria “inflamar” as eleições.

“Pode interessar a quem de fato não esteja interessado na democracia. Quem esteja interessado na democracia, não difunde informação falsa, não incita violência, não incita desobediência quanto ao resultado do escrutínio popular”.

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Ministro cumpriu agenda em Curitiba nesta sexta-feira (29) — Foto: Divulgação

Ministro cumpriu agenda em Curitiba nesta sexta-feira (29) — Foto: Divulgação

Sem citar Bolsonaro, Fachin também fez menção a uma fala feita na última quarta-feira (27) pelo presidente da república, quando ele revelou um pedido das Forças Armadas ao TSE para que militares façam uma apuração paralela de votos.

Sobre o assunto, o presidente do TSE afirmou que a Justiça Eleitoral tem parceria com os militares e que a instituição está aberta para colaborações, mas “intervenção, jamais”.

“Nós temos um histórico de cooperação nas eleições, nestas última três décadas, com as Forças Armadas, no campo da logística eleitoral […] Tem dado resultados extraordinários […] Colaboração, cooperação e, portanto, parcerias proativas para aprimoramento, a Justiça Eleitoral está inteiramente à disposição. Intervenção, jamais”.

Também sem citar Bolsonaro, Fachin respondeu a uma declaração do presidente, que declarou que os votos das eleições são apurados em uma “sala secreta” do TSE, na qual “meia dúzia de técnicos dizem ali no final: ‘Olha, quem ganhou foi esse”.

“Não precisa sala alguma para totalizar [os votos]. Agora a ‘sala’ é bastante clara, porque ela está na internet à disposição de todos”.

Pedido de respeito

No evento do TRE-PR, o ministro Fachin também reforçou a lisura do processo eleitoral, garantindo a eficácia das urnas eletrônicas. Ele pediu, também respeito a história de quase um século da Justiça Eleitoral.

“As eleições de 2022 serão levadas a efeito em outubro, esta é uma clausula pétrea que a Justiça Eleitoral vai cumprir. E a Justiça Eleitoral vai diplomar os eleitos até 19 de dezembro, porque este é o quadro constitucional e da legalidade constitucional […] Não há na Justiça Eleitoral engenheiros do caos. Nós todos temos um passado que exige respeito”.

Fachin cumpriu agenda em Curitiba para participar de um evento de combate à desinformação, junto ao presidente do TRE-PR, desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura.

O ministro também participou de uma roda de conversa que teve como tema os 90 anos da Justiça Eleitoral e a consolidação da Democracia no Brasil.

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