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PT lança candidatura de Jilmar Tatto em São Paulo

Afilhado político de Marta Suplicy, petista precisa enfrentar má vontade do ex-presidente Lula e do ex-prefeito Fernando Haddad

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Jilmar Tatto imitou Guilherme Boulos e lançou sua candidatura para prefeito de uma laje no bairro do Socorro, na zona sul de São Paulo | Foto: Reprodução/Twitter

O Partido dos Trabalhadores (PT) realizou neste sábado, 12, o evento que oficializou a candidatura do ex-deputado federal Jilmar Tatto à prefeitura de São Paulo.

Tatto seguiu o caminho escolhido por Guilherme Boulos (Psol) e escolheu para lançar a campanha na região onde cresceu, no bairro do Socorro, na Zona Sul da capital.

Na reportagem de capa de Oeste desta semana, Silvio Navarro e Artur Piva resumem situação de Tatto na disputa:

“A precarização dos quadros é uma realidade dura para o lulismo. Em São Paulo, o candidato da legenda à prefeitura, Jilmar Tatto, não só se frustrou sem o apoio do ex-presidente, que vê nele resquícios do “martismo” (Tatto foi afilhado político de Marta Suplicy, com quem Lula rompeu quando ela deixou a legenda), como nem sequer consegue uma aliança sólida para vice. Segundo analistas, a tendência é que Lula prossiga num apoio velado a Guilherme Boulos”.

De fato, hoje o ex-presidente fará o discurso de apresentação da candidatura de casa, sob a desculpa de que, aos 74 anos, faz parte do grupo de risco para o coronavírus.

Pior que isso, petistas históricos como Chico Buarque, André Singer e Luís Fernando Veríssimo — e até mesmo filiados da legenda, como Celso Amorim, ex-chanceler do governo Lula, já declararam que darão apoio ao psolista.

No que seria um tiro de misericórdia, o ex-prefeito paulistano e candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2018 Fernando Haddad tentou se esquivar do evento de hoje. Alegando que tinha um compromisso previamente marcado, tentou seguir os passos de Lula e aparecer apenas por vídeo na convenção da “tattolândia”, como apoiadores chamam o bairro em que se realizou o evento. Não deu certo.

Depois de ser pressionado por inúmeras mensagens pelo WhatsApp e de ser acusado de trair um colega necessitado, Haddad voltou atrás e compareceu ao evento.

Ainda assim, a desordem imperou: a maior parte dos participantes virtuais não sabia como funcionava a ferramenta utilizada pelo partido para que comentassem o evento e o candidato mal foi visto por quem tentou acompanhar a convenção pelas redes sociais.

De qualquer forma, pelo que se pôde perceber até aqui, nem mesmo o PT está muito empenhado na campanha de Tatto.

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