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Procuradores da Lava Jato lamentam ‘distorção sensacionalista’ do STF

Horas após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) definir, por quatro votos a um, que os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terão acesso ao material colhido a partir da Operação Spoofing, procuradores da Lava Jato se posicionaram. Em nota divulgada na noite desta terça-feira, 9, eles lamentaram o resultado do julgamento que validou o compartilhamento de supostas mensagens trocadas pelo ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro com autoridades do Ministério Público Federal (MPF) por meio do aplicativo Telegram.

“Não se deve permitir que haja uma distorção sensacionalista com efeito diversionista do conteúdo de supostas mensagens”

No conteúdo divulgado pelo site oficial do MPF, procuradores da Lava Jato acusaram o STF de agir com sensacionalismo. “Não se deve permitir que haja uma distorção sensacionalista com efeito diversionista do conteúdo de supostas mensagens, com o fim de desviar a atenção do que realmente é fato – os crimes investigados e punidos”, afirmam os membros da operação que teve a sua força-tarefa de Curitiba dissolvida na última semana. O julgamento de hoje contou com Ricardo Lewandowski, Nunes Marques, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes votando a favor de Lula. Edson Fachin foi voto vencido na questão.

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Em outro ponto do comunicado, os procuradores da Lava Jato relembram que Moro não foi o único magistrado a condenar Lula. Reforçam que o ex-presidente da República foi derrotado diante de julgamentos do Tribunal Regional Federal da Segunda Região e pelo Superior Tribunal de Justiça. “Nada afasta a existência de um julgamento justo nos casos da operação Lava Jato, que foram revisados por três instâncias independentes do Poder Judiciário”, observam os membros do MPF.

Material roubado

Ainda no sentido de se colocarem contrários ao entendimento da Segunda Turma do STF, procuradores da Operação Lava Jato chamaram a atenção para um fato: as supostas mensagens foram alvo de crime cibernético, com hackers invadindo os celulares de Moro e de integrantes do MPF.

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