Prefeitos de 18 municípios optaram por não seguir a determinação do governo estadual que colocou todos os municípios do estado na fase vermelha do plano São Paulo durante os dias 25, 26 e 27 de dezembro e 01, 02 e 03 de janeiro de 2021 para tentar conter o avanço da Covid-19.
Entre as cidades que não aderiram à determinação estadual estão Mogi das Cruzes e Cotia, na Grande São Paulo, e Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Vicente, São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba, no litoral paulista.
As prefeituras que não aderiram a determinação estadual manterão as cidades na fase amarela no Plano São Paulo, a qual permite a abertura de bares, restaurantes, academias, salões de beleza e do comércio.
Um decreto publicado pela Prefeitura de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, determinou que no Natal o comércio funcionará de acordo com as regras da fase amarela, já no Ano Novo o comércio ficará fechado das 20h do dia 31 de dezembro às 12h do dia 1º de janeiro. Segundo a gestão municipal, a principal preocupação é com a aglomeração que pode se formar na virada do ano.
A Prefeitura de São Sebastião informou que vai montar barreiras de orientação a partir do dia 26 de dezembro para orientar os turistas que vão entrar na cidade nos próximos dias. Já a Prefeitura de Ubatuba disse que irá perceber a movimentação de turistas na cidade para saber onde irá atuar.
Nove prefeitos da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, anunciaram na quarta-feira (23) que as praias serão fechadas nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro e que aguardam um apoio do governo para implantar as novas medidas de restrição na região. As cidades são: Santos, São Vicente, Cubatão, Peruíbe, Itanhaém, Guarujá, Praia Grande, Bertioga e Mongaguá.
O governo informou, por meio de nota enviada, que a fiscalização de estabelecimentos comerciais, assim como de praias e demais espaços turísticos municipais, é de responsabilidade das prefeituras.
A reclassificação temporária foi anunciada na terça-feira (22) pelas autoridades após aumento no número de casos e de óbitos pela Covid-19 nas últimas semanas no estado. Um dos objetivos do governo é evitar a propagação do vírus durante as festas de fim ano. Desse modo, reduziria, por exemplo, a ocupação dos hospitais com doentes em razão da Covid-19.
A fase vermelha é a mais restritiva do plano de contenção do governo João Doria (PSDB) contra a propagação da Covid-19. Veja abaixo o que abre e fecha nessa fase vermelha, que afeta principalmente comércios e serviços em geral. Apenas os serviços essenciais poderão funcionar nessa etapa.
Confira abaixo as regras da fase vermelha da quarentena em São Paulo:
Podem funcionar nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro:
- Hospitais
- Clínicas de saúde
- Farmácias;
- Mercados;
- Padarias;
- Açougues;
- Postos de combustíveis;
- Lavanderias;
- Meios de transporte coletivo, como ônibus, trens e metrô;
- Transportadoras, oficinas de veículos
- Atividades religiosas
- Hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria.
- Bancos
- Pet shops
Não abrem nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1º, 2 e 3 de janeiro:
- Shoppings;
- Lojas;
- Concessionárias;
- Escritórios;
- Bares, restaurantes e lanchonetes (exceto para delivery);
- Academias;
- Salões de beleza e barbearias;
- Cinemas, teatros e outros estabelecimentos culturais.
Presidente Prudente
A mudança só não será temporária para Presidente Prudente. Por conta do avanço nos casos e da falta de leitos de UTI, a região passa a ficar, até a próxima reclassificação, na fase vermelha, a mais restritiva do plano de flexibilização econômica.
Fases vermelha, amarela e verde
O governo também anunciou na terça-feira (22) que em janeiro nenhuma região vai para fase verde, a menos restritiva, e que a reclassificação do estado, que estava marcada para o próximo dia 4, foi adiada para o dia 7 de janeiro. As mudanças foram divulgadas pelos integrantes do Centro de Contingência da Covid-19, na sede do Instituto Butantan, na terça passada.
Nas últimas quatro semanas, São Paulo registrou aumento de 34% no número de mortes provocadas pelo coronavírus, segundo dados do governo estadual. No mesmo período, o número de casos cresceu 54% e as internações por Covid-19 subiram 13% em todo o estado.