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PMs são condenados a 33 anos por associação ao tráfico e corrupção

O Tribunal de Justiça Militar de São Paulo condenou o soldado José Vinícius Peres Maffa e o cabo Alex dos Santos Silva, integrantes da Força Tática da Polícia Militar paulista, a 33 anos e 7 meses de prisão por associação ao tráfico e corrupção. Ambos foram acusados de receber dinheiro de um dos chefes da maior facção criminosa do país para não fechar pontos de venda de maconha, cocaína e crack em Jundiaí, no interior paulista.

Conforme investigação da Corregedoria da PM e do MP-SP (MInistério Público de São Paulo), os policiais militares também apreendiam dorgas de traficantes rivais daqueles que pagavam propina para revendê-las. A denúncia havia sido feita em março do ano passado.

Imagens de traficantes vendendo os entorpecentes na periferia da cidade foram captadas por um site que mapeia regiões via satélite. De acordo com a Promotoria da Justiça Militar, os crimes renderam aos dois PMs a soma de R$ 50 mil.

“Descobriu-se que os dois policiais condenados mantiveram uma associação estável com outras duas mulheres que forneceram informações aos policiais de onde estaria 10 tijolos de cocaína”, revelou o promotor da Justiça militar Rafael Pinheiro.

Conversas telefênicas entre os policiais militares e os traficantes foram transcritas pelos investigadores. Em uma dessas interações, o soldado Maffa cobra o pagamento pela droga roubada de uma das mulheres que tinha a função de repassar o dinheiro.

De acordo com a investigação, o valor da propina era tratado diretamente com o chefe do tráfico na comunicade, Gilson Gomes, conhecido como Gelsinho, integrante do PCC, condenado por planejar, junto com Marcola, chefe da facção criminosa, o assassinato de um PM em São Paulo, no ano de 2006.

“O acordo entre os agentes consistia em os policiais deixarem de praticar seus atos de ofício, isto é, reprimir o tráfico de drogas e em contrapartida receberam uma vez vantagens indevidas. Foi um processo gigantesco, que foi decidido em menos de 9 meses”, finalizou o promotor Rafael Pinheiro.

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