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PGR rejeita delações do ex-presidente da Fecomércio-RJ que citam 8 dos 9 ministros do TCU, Paulinho da Força e Sarney

Foto: reprodução

A Procuradoria-Geral da República de Augusto Aras rejeitou trechos da delação do ex-presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, que citam oito dos nove ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), além de um ex-presidente da República, parlamentares e advogados não mencionados na denúncia da operação E$quema S da Lava Jato. A informação é da CNN Brasil.

São citados José Sarney, o deputado Paulinho da Força e o ex-deputado Lelo Coimbra e os ministros do TCU Aroldo Cedraz, Raimundo Carreiro, Vital do Rêgo, Bruno Dantas, Walton Alencar, Augusto Nardes, Ana Arraes e Benjamin Zymler. Só Augusto Sherman, que é de carreira do próprio TCU, que não foi citado.

Os nomes estão nos anexos 6 e 9 da delação de Orlando Dinnz. Eles foram entregues pelo delator ao MPF no Rio de Janeiro, mas, como citam autoridades como prerrogativa de foro, acabaram enviados à PGR de Aras, que decidiu não abrir inquérito sobre o caso.

O foco principal desses anexos é a atuação do advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz.

O ex-presidente da Fecomércio-RJ enfrentava uma série de processos no TCU e precisava de “alguém” que o ajudasse a resolvê-los e ouviu de Cabral que precisaria “comprar a solução” e que Tiago Cedraz seria “o vendedor dessa solução”.

Diniz delatou à Lava Jato que fez algumas reuniões com Cedraz para que o advogado explicasse as diferentes formas de se chegar aos ministros do TCU. “Tiago foi claro em dizer o nome dos ministros que iriam receber valores e/ou favores e como isso se dava na prática”, afirmou.

“Com o passar do tempo, Tiago começou a dar a Orlando ‘o caminho das pedras’ no TCU. Os dois estavam juntos na sala de reuniões da Presidência da Fecomércio quando Tiago deixou muito claras as suas ligações com o TCU. Orlando fez anotações detalhadas enquanto Tiago elencava o nome dos Ministros e ‘como chegar’ em cada um”, diz outro trecho da delação.

No caso de Aroldo Cedraz, pai de Tiago, e Raimundo Carreiro, o ‘caminho das pedras’ seria o próprio Tiago. Para acessar Ana Arraes, era necessário buscar a chefia de gabinete da ministra e que “nem era tão caro”.

No caso de Vital do Rêgo, que foi denunciado recentemente pela Lava Jato, era necessário o aval prévio de algum político de relevância, de preferência do MDB. Cabral era um bom caminho. Da mesma forma, era preciso o contato com políticos de relevância para Bruno dantas.

Sobre Augusto Nardes, Diniz disse que Tiago citou supostos operadores: um sujeito conhecido por “borracha”, cujo nome ele não lembrava; e Luiz Veloso, primo de Napoleão Veloso, diretor da Fecomércio, ligado a Júlio Lopes e Francisco Dornelles.

Segundo Orlando Diniz, Tiago operaria no TCU em parceria com o advogado Fabio Viana Fernandes da Silveira, sócio do escritório Galotti Advogados. O ex-presidente da Fecomércio também cita contatos feitos com Walton Alencar, por meio do deputado Lelo Coimbra, e com Benjamin Zymler, através do ex-jogador de vôlei Bernard.

Orlando cita ainda a participação do ex-presidente José Sarney na estratégia para aproximar Orlando do ministro Bruno Dantas. “Marcelo Cazzo indicou o advogado Fabiano Silveira (ex-Ministro da Transparência) por causa de seus contatos junto à classe politica. Um dos movimentos feitos por Fabiano foi uma aproximação com José Sarney como um movimento inicial para, então, se aproximar do ministro Bruno Dantas, de quem Sarney seria muito amigo, segundo Fabiano. Foi realizado então, um primeiro encontro entre José Sarney, Orlando Diniz, Fabiano Silveira e Marcelo Cazzo na casa de José Sarney em Brasília.”

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