sábado, abril 20Notícias Importantes
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O que move o ser humano?

Talvez a resposta possa ser simples para o tema em questão, mas
não é tão fácil assim. Alguns podem pensar: na empresa, o salário? Em casa,
os desafios da vida? Na rua, as necessidades?

Entendo que o maior combustível para mover uma pessoa – claro
que não estamos falando do ponto de vista fisiológico – é o reconhecimento.
Da mesma forma para as marcas, um produto qualquer, uma empresa ou
serviço, que demandam, necessariamente, de uma boa estratégia de marketing
para evoluir, nós seres humanos também o precisamos.

De uma maneira prática, farei uma comparação entre as duas
situações, aí poderemos perceber melhor a importância do reconhecimento.
Uma empresa nasce com a somatória de oportunidades, visão de
mercado de seus idealizadores, experiência na atividade, conhecimento teórico
e prático do time de pensadores e principalmente a atitude de sair do lugar em
que se encontra e a visão de futuro, natural nos líderes e empreendedores.
Um exemplo é o surgimento de uma gigante no mundo esportivo.
Nasceu da determinação de um de seus fundadores que ao assistir uma aula
sobre empreendedorismo se apaixonou pelo assunto e resolver lançar-se no
mundo dos negócios, até mesmo contra a vontade de seu pai que preferia vê-lo
no mundo corporativo.

Falo de Phil Knight, aluno da universidade de Oregon, que ao se
formar, e apaixonado por corridas e muito reconhecido pelo seu treinador,
durante a vida acadêmica, viajou ao Japão e trouxe vários modelos para
comercializá-los nos Estados Unidos.

Associou-se com o seu então técnico de corridas, da Universidade,
Senhor Bill Bowerman, que sempre buscava a eficiência e desempenho de
seus atlelas. Nascia ai, com um começo difícil, mas com muita inovação,
determinação e reconhecimento a gigante do segmento, a Nike.

Uma pessoa nasce das aspirações, do amor que une um casal, do
ideal e dos sonhos de juntos constituírem uma família. Ninguém sabe o futuro,
mas o amor, um dos ingredientes desta união, move o casal e sustenta as
adversidades ao longo da vida.

A empresa cria maturação. É no primeiro ano de vida que tudo
acontece e a energia necessária para que esta empresa sobreviva vem
principalmente de seus idealizadores, somado aos aportes financeiros,
planejamento adequado com identificação clara dos aspectos políticos,
econômicos, sociais, tecnológicos, ecológicos e legais, com a conjugação
eficiente dos fatores relacionados às forças, fraquezas da novata empresa,
com as oportunidades e ameaças que as rodeia.

Perceba caro leitor, que o primeiro ano de uma criança é o principal,
onde tudo ainda está em formação, daí a importância do aleitamento, das idas
ao pediatra, da puericultura eficiente, do acompanhamento e principalmente do
retorno emocional ao bebê aos primeiros estímulos da percepção sensorial do
ambiente que também o rodeia.

A atenção dos proprietários empreendedores com o andamento da
saúde financeira da empresa, nos primeiros anos de vida, também é essencial
para que ela venha a ter fôlego para continuidade dos negócios, daí a vigilância
constante e a energia necessária para que cada passo seja meticulosamente
planejado para que os investimentos sejam favoráveis no curto e médio prazo.
De acordo com o SEBRAE, a taxa de sobrevivência das empresas
de dois anos, cresceu entre os anos de 2005 a 2007, partindo de uma taxa de
73,6% à 75,6% no período. Da mesma forma, segundo o IBGE, 81,3% das
empresas que abriram as portas em 2012 conseguiram vencer o desafio do
primeiro ano de trabalho. Vejam que são dados não refletem o atual cenário.
Daí atenção redobrada.

O acompanhamento dos pais junto a seus filhos, durante toda a
infância, é fundamental para que ele venha a ter um futuro saudável e seja um
cidadão integrado socialmente, responsável individualmente, e
economicamente ativo para o progresso de nosso País. Um aspecto é
essencial neste progresso: O reconhecimento dos pais, da família, da escola e
da sociedade em cada etapa desta evolução.

A empresa cresce e avança rumo ao futuro com aumento de suas
dimensões de acordo com os esforços de todo o time – dos proprietários, do
time de suporte – e do necessário reconhecimento de todo os colaboradores da
atividade fim. O reconhecimento começa dentro da empresa, e o externo vem
naturalmente se houver coerência entre o que se diz e o que se faz, se houver

responsabilidades econômicas, sociais e ambientais dentro das finalidades do
negócio.

Para que uma empresa seja reconhecida, há três aspectos
fundamentais: Primeiro – a presença em sua área de atuação, capilaridade e
ação para que não haja ruptura entre o que é prometido e o que é oferecido.
Segundo – o conhecimento por parte de seus públicos por meio da presença
acima, seja com eventos, publicidade ou assessoria de imprensa, entre outros,
e por fim, o terceiro aspecto – o reconhecimento, que é inerente à gestão
eficiente do negócio e é um processo externo à vontade da empresa, mas
essencial para o posicionamento no mercado.

Da mesma forma, o reconhecimento move também o ser humano –
dentre outros fatores – desde um simples afeto de sua mãe na amamentação,
até um muito obrigado de seus superiores e ou de alguém desconhecido que
reconhece a ação de um líder.

Da mesma forma, que alguém sem poder que o detinha sente os
reveze da perda, o reconhecimento só é legítimo se totalmente desprendido de
qualquer ambição por quem o concede. Aqui deve estar presente o sentimento
de pertencimento, de consideração, de importância e da visão altruística nas
ações do homenageado, seja uma pessoa, ou uma empresa, seja um ato de
amor, seja um ato formal ou não.

A lição que se depreende desta leitura reside no fato de que tudo é
possível ser feito pelo ser humano, desde que o líder saiba reconhecer as
ações de quem às faz. Isso retroalimenta o processo criativo, concede nova
energia ao aprendiz, fortalece a união do time e favorece o crescimento
individual ou empresarial.

Por: Coronel PM Marcel Lacerda Soffner

Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Certificação CMM – Certificate in Marketing Management, título de especialização em Marketing pelo INSPER – SP, e Bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie.

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