No maior ato contra Bolsonaro e a favor da vacina, manifestantes ocupam Avenida Paulista e homenageiam vítimas da Covid – G1

A partir das 18h, os participantes foram em direção à Rua da Consolação, e, por volta das 19h30, ocuparam os dois sentidos da via, no sentido da Praça Roosevelt, onde ocorreu a dispersão.

Segundo a SPTrans, 23 linhas de ônibus tiveram os itinerários alterados por conta da manifestação.

Balões foram soltos como homenagem aos 500 mil brasileiros mortos vítimas da Covid-19, marca atingida neste sábado. Este foi o segundo protesto contra o presidente e sua gestão da pandemia, e ocorreu em todos os estados e no Distrito Federal; o primeiro aconteceu em 29 de maio em 180 cidades do país e do exterior.

A maioria dos manifestantes, usando máscara, gritava palavras de ordem contra o presidente e pedia “vacina no braço e comida no prato”. Muitos levaram bandeiras do Brasil.

Houve pontos de distribuição de máscaras e de álcool em gel pela avenida, mas, em vários trechos da Paulista, houve aglomeração, especialmente em frente ao Masp, onde estava o principal carro de som.

O ato teve, entre os organizadores, integrantes de movimentos sociais, estudantis, sindicatos e partidos. Participaram do protesto políticos como o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB).

Mais cedo, cerca de 200 ciclistas se concentraram na Praça do Ciclista, na Consolação, também para protestar. Eles deixaram o local por volta das 14h30 e percorreram lugares simbólicos para a democracia e necropolítica (poder de determinar quem pode viver e quem deve morrer) e depois retornaram à Paulista.

À noite, na dispersão do protesto, algumas pessoas depredaram duas agências bancárias, uma das entradas da Universidade Mackenzie, um ponto de ônibus e colocaram fogo em lixo.

Pela manhã, manifestantes fizeram protestos pacíficos e sem aglomerações em cidades da Grande São Paulo como Santo André, São Bernardo do Campo e Carapicuíba.