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Mesmo sem Bolsonaro, PSL quer se manter grande

Projetado pela eleição do atual presidente, PSL pretende disputar quase mil prefeituras em 2020

Partido está dividido entre aliados e ex-aliados do presidente Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/PR

Desconhecido de boa parte dos eleitores até 2018, o PSL conseguiu se tornar um dos maiores partidos do Brasil após a eleição do presidente Jair Bolsonaro. Com a projeção, a sigla tem hoje a segunda maior bancada do Congresso e vai receber quase R$ 200 milhões do Fundo Eleitoral em 2020.

Agora, o objetivo do PSL é manter-se grande mesmo sem a filiação de seu principal projetor, o presidente da República. Além disso, a sigla vive atualmente uma divisão: deputados bolsonaristas e a ala independente. Por causa das regras partidárias, os mais próximos do chefe do Executivo não conseguiram deixar a legenda.

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Mesmo dividido, o PSL vai apostar todas as suas fichas nas eleições municipais deste ano, no intuito de seguir como um dos partidos mais influentes do Brasil. Para isso, o partido pretende lançar 936 candidatos a prefeito. O número é 561% maior que o de 2016. Esse total pode sofrer variações até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisar todos os registros de candidatura.

“Mesmo não estando mais na base do governo, o partido está na expectativa de seguir na onda bolsonarista para conseguir aumentar o número de prefeitos e vereadores. Essa visibilidade é importante”, comentou um integrante da sigla ouvido por Oeste. Atualmente, o PSL administra 30 dos mais de 5 mil municípios brasileiros.

Divisões

Entre os mais próximos de Bolsonaro, o deputado federal Filipe Barros (PR) oficializou sua candidatura à prefeitura de Londrina neste ano. A confirmação de seu nome foi marcada por diversas disputas internas no partido. O parlamentar divergia do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar.

Aliás, a proximidade com o presidente poderá resultar em vantagem para o candidato. Em 2018, mais de 80% dos eleitores de Londrina votaram em Bolsonaro, que ainda mantém bons índices de aprovação na região. Contudo, Barros afirma que o chefe do Executivo não vai tomar parte na campanha.

“Quero deixar bem claro que o presidente não vai participar. E eu concordo com a decisão dele, porque temos que acabar com essa de candidato do presidente, candidato do governador. Nossas propostas são para a cidade”, afirma Barros.

Já na disputa pela principal prefeitura do país, o cenário será diferente daquele do interior do Paraná. Ex-aliada do presidente Jair Bolsolaro, Joice Hasselmann vai concorrer à prefeitura de São Paulo em clima que nada lembra o que se viu nas últimas eleições.

Joice deixou de ser aliada do chefe do Executivo quando foi retirada do posto de líder do governo no Congresso | Foto: Marcos Corrêa/PR

Em 2018, Joice concorreu como deputada federal e elegeu-se como a mulher mais votada da história da Câmara, com mais de 1 milhão de votos. No entanto, o panorama de 2018 não é o de hoje. Após romper com o presidente, a parlamentar viu sua popularidade diminuir. Além disso, a candidata vem sofrendo com a resistência interna encontrada no próprio partido. Aliás, pesquisas de pré-campanha mostravam Joice com apenas 2% das intenções de voto do eleitorado paulistano.

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