Toxicologista Anthony Wong fala sobre a vacina produzida por laboratório chinês
Apesar de ser colocada como item obrigatório pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e ter 46 milhões de doses compradas hoje pelo Ministério da Saúde, a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech ainda não tem a sua eficácia comprovada. É o que pontua o toxicologista e pediatra Anthony Wong.
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Em entrevista à rádio Jovem Pan na noite desta terça-feira, 20, Wong explicou que a Coronavac ainda precisa responder a determinadas questões — assim como outros imunizantes que estão sendo testados para o combate ao novo coronavírus. “Ainda não divulgaram o seu grau de segurança”, disse Wong ao participar de Os Pingos nos Is, atração que conta com participações de três colunistas da Revista Oeste: Guilherme Fiuza, Augusto Nunes e Ana Paula Henkel.
Observações
Especificamente sobre a Coronavac, como é chamada a vacina feita pelo Butantan, o toxicologista fez as seguintes observações:
- Efeito adverso
“O grau de efeito adverso está em torno de 5,37%. Se comparar com a vacina de tétano ou mesmo a de poliomielite ou sarampo, a incidência de efeito adverso é de 0,05% a 0,5%.”
- Número de doses
“A vacina chinesa é peculiar porque usa o vírus inativado, o chamado vírus morto […] e todas as vacinas com vírus mortos precisam de pelo menos três doses. E não duas doses [como prevê a Coronavac].”
- Testagem válida
“Até o momento foram 9 mil voluntários, mas cerca de um terço ainda não recebeu a segunda dose.”
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