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Maia se reunirá com PT e PCdoB antes de indicar nome para presidência Câmara

BRASÍLIA — Após reunião que durou toda o período da tarde nesta segunda-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu ainda mais tempo a seus aliados para bater o martelo em torno do nome que apoiará para a eleição à presidência da Câmara. Ele se reunirá ainda nesta noite com integrantes do PT e do PCdoB. A esquerda é vista como fiel da balança nesta eleição, e Maia quer se certificar de qual nome tem capacidade de angariar mais votos no segmento.

Representantes dos seis partidos que integram o bloco de Maia, além de Alessandro Molon, do PSB, participaram da reunião na residência oficial de Maia nesta segunda-feira.

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A avaliação de boa parte dos presentes é que Marcos Pereira (Republicanos-SP), primeiro vice-presidente da Casa, seria o nome mais capaz de aglutinar votos para enfrentar Arthur Lira (PP-AL), candidato favorito do presidente Jair Bolsonaro. Ocorre que Pereira anunciou, na semana passada, que deixou o bloco de Maia para se lançar como terceira via na disputa. Esse movimento, agora, gera desconfiança em torno de Pereira, que, segundo pessoas que participaram da reunião, pode já estar costurando acordo com Lira.

Os outros nomes em análise são os de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que conta com a preferência pessoal de Maia, e Baleia Rossi (MDB-SP), presidente do MDB, que enfrenta resistência do PT por ser do partido que traiu Dilma Rousseff no impeachment.

Assim como Maia, Lira se movimenta para tentar atrair o apoio da esquerda. Ele é a aposta do presidente Jair Bolsonaro não só para ter um aliado no controle da Câmara, mas para fazer avançar pautas de sua agenda mais ideológica, como a armamentista. Apesar disso, nas últimas semanas recorreu até mesmo ao ex-ministro José Dirceu para tentar quebrar a resistência que sofre dentro do PT. Dias depois, reuniu-se com deputados do PCdoB.

Ao pedir votos para políticos de esquerda, Lira não cita Bolsonaro — estratégia utilizada, inclusive, no discurso de lançamento de sua candidatura, na quarta-feira passada, em um evento que contou com representantes de oito partidos. Em reuniões com a esquerda, indagado sobre a relação com Bolsonaro, ele tem a resposta na ponta da língua: “Não sou e não serei tutelado por ninguém. Vocês me conhecem. Sou independente”.

Na quarta-feira passada, Lira conseguiu o indicativo de apoio do PSB, que faz oposição ao governo Bolsonaro. Por 18 votos, os socialistas indicaram por ampla maioria que tendem a aderir à candidatura de Lira. A decisão, no entanto, levou o diretório nacional do partido a aprovar na sexta resolução que recomenda que os deputados filiados não votem em candidato apoiado pelo presidente.

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