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Fim da greve: Correios voltam ao trabalho

Funcionários lutavam pela manutenção de privilégios, como o vale-peru natalino, e chegaram até a reclamar de aumento salarial definido pela Justiça

fim da greve dos correios - agência brasil

Funcionários dos Correios estão de volta ao trabalho
Foto: José Rivaldo Silva/Agência Brasil

A greve dos Correios chega ao fim após mais de um mês. Em nota divulgada na tarde desta terça-feira, 22, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) anunciou o retorno às atividades, o que não ocorria desde 17 de agosto. A volta ao trabalho vale a partir das 22 horas de hoje.

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O fim da paralisação dos Correios ocorre um dia após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinar aumento salarial aos servidores da estatal. De acordo com a decisão judicial, a categoria ganhará — em meio à pandemia do vírus chinês — acréscimo de 2,6% nos vencimentos mensais. Além disso, a Justiça não definiu nenhuma punição rígida devido à greve. Os funcionários que aderiram ao movimento terão apenas metade dos dias sem trabalhar descontada em folha.

Fim da greve, mas continuação dos ataques

Apesar do aumento e de a categoria não sofrer nenhuma punição administrativa, a Fentect criticou o Poder Judiciário brasileiro. Ao anunciar o fim da greve dos Correios, a entidade acusou o TST (como um todo) de ter “alinhamento político-ideológico” com o governo federal. A federação voltou a falar em movimentação contra direitos. A instituição sindical não explicou, entretanto, que um dos direitos reivindicados é a manutenção do vale-peru natalino.

“O Judiciário vem mostrando sua face mais obscura do jogo de interesse político”

“Não é de hoje que o Judiciário vem mostrando sua face mais obscura do jogo de interesse político dentro dos tribunais, deixando de lado a imparcialidade e a harmonia que deveria existir entre os poderes. Infelizmente, o Tribunal Superior do Trabalho e [o] Supremo Tribunal Federal se tornaram um banco de negócios para atender a interesses políticos e individuais”, acusou a Fentect. Por ora, TST e STF não responderam aos ataques da entidade que organizou greve que durou mais de um mês.

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